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Horticultor condenado pela morte da nora

TJGO - 20 de maio de 2008 - 07:55

O horticultor Divino Pereira, 51 anos, foi condenado na sexta-feira (16), pelo 1º Tribunal do Júri de Goiânia, a 9 anos de reclusão pela morte de sua nora, Priscila Rayane de Souza, ocorrida em abril de 2006, no Jardim Primavera II, em Goinápolis. O juiz que presidiu a sessão, Jesseir Coelho de Alcântara, determinou que a pena seja cumprida em regime inicialmente fechado.

De acordo com denuncia do Ministério Público (MP), Divino, que estava embriagado, chegou em casa e começou a agredir sua mulher, Silvia Maria Pereira. Um dos filhos do casal, Edmar Pereira da Silva, interveio e disse ao pai para que deixasse Sílvia “em paz”, momento em que o pai deu-lhe um murro no rosto e em tom ameaçador disse ao filho: “eu vou matar todo mundo desta casa”.

Em seguida, o horticultor pegou uma faca e saiu correndo atrás de sua mulher, de Edmar e de Priscila, tendo Silvia se escondido na casa de um vizinho e os outros dois, em um lote baldio. Divino ainda ameaçou o outro filho, Elismar Pereira da Silva e sua mulher, Eliane Gonçalves de Assis, que correram para a rua.

Ao perceber que todos haviam fugido, o denunciado passou a conversar com um vizinho, de nome Francisco, dizendo que enquanto não matasse duas ou três pessoas da família, ninguém o respeitaria. Consta que, nesse momento, o vizinho disse a Divino que tal atitude não era correta, momento em que, recusando entregar a faca, o horticultor falou: “certo não é, mas vou fazer do mesmo jeito”.

Cerca de 40 minutos depois, quando não mais ouviu a voz de Divino, Edmar e Priscila voltaram para casa. Contudo, ao buscar um palito de fósforo para o marido, Priscila foi surpreendida com a presença do denuciado. A vítima ainda tentou fechar a porta, mas Divino conseguiu entrar e começou a provocar Edmar que já estava deitado. Segundo o MP, Edmar pediu a Divino para que não o matasse e aconselhou Priscila a fugir, tendo ela se negado a fazê-lo para não deixá-lo sozinho com o horticultor.

Para tentar defender o marido, a vítima segurou a mão esquerda de Divino, que rapidamente desferiu-lhe um golpe de faca. Mesmo atingida, Priscila correu para procurar Silvia na intenção de que ela fosse socorrer Edmar que estava sozinho com o pai. Enquanto aguardava socorro, o denunciado foi até o local onde a nora estava agonizando e disse “eu mato mesmo”. Não satisfeito, voltou para o quintal de sua casa e logo retornou só de cueca com duas facas na mão e partiu na direção a Edmar, que estava sobre o corpo da mulher. Priscila foi socorrida, mas morreu no Hospital de Urgências de Anápolis.(Wilson Fernandes)


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