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Hora de esquecer um pouco o seu IMC

Portal Educação Física - 05 de setembro de 2016 - 11:00

Desde a metade dos anos 90 que o Índice de Massa Corpórea (IMC) tem sido usado para avaliar o peso de uma pessoa. Determinada pela divisão da massa do indivíduo pelo quadrado de sua altura, a medida é, inclusive, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a principal referência para a classificação das diferentes faixas de peso.

Um recente estudo publicado no Jornal da Obesidade considera essa visão não apenas injusta, como também incorreta. Segundo os autores, há muitos outros parâmetros que também são muito importantes e precisam ser considerados.

Um IMC entre 18.5 e 24.9 é considerado normal; 25 a 29.9 a pessoa está acima do peso; e a partir de 30 já é obesidade. Nos Estados Unidos, esses valores podem até encarecer um plano de saúde, já que o sobrepeso pode aumentar os riscos de desenvolver diabetes e doenças do coração.

Para mostrar que essa situação está errada, pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) fizeram uma pesquisa com 40.420 pessoas e analisaram a relação do IMC delas com outros parâmetros, como pressão arterial, glicose, resistência à insulina e níveis de colesterol e triglicérides.

O estudo constatou que 29% das pessoas obesas não eram totalmente saudáveis, ao mesmo tempo em que 30% dos indivíduos com IMC normal também apresentaram resultados não satisfatórios. “Há dezenas de milhões de pessoas que estão acima do peso ou são obesas e que são perfeitamente saudáveis”, disso o autor da pesquisa. “Neste momento, temos como foco uma medida imperfeita como o IMC, enquanto deveríamos estar falando sobre saúde”.

Conclusão

Segundo os pesquisadores, é importante reconsiderar esse fato quando se olha para pessoas ativas, já que estas costumam tem uma proporção de massa muscular muito maior. Duas pessoas podem ter o mesmo IMC, sendo que uma tem maior gordura visceral – considerada um fator de alto risco para diversas morbidades – e outra ter uma gordura subcutânea melhor distribuída.

Na hora de avaliar a saúde de um indivíduo, a sugestão é, portanto, que se faça uma avaliação muito mais rigorosa e abrangente da saúde, que inclua outros dados além do IMC. Olhar apenas para esta medida dará um resultado limitador e, muitas vezes, não condizente com a realidade.

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