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Homenagem que Manoel Afonso fez a José Quaranta em 2006

Manoel Afonso - 01 de agosto de 2016 - 21:27

Homenagem que Manoel Afonso fez a José Quaranta em 2006

DR. QUARANTA. O NOSSO BOM JOSÉ.

Nas férias, ele participava dos rachas de mini campo do Monte Líbano em Rio Preto. Em forma, não dava moleza na defesa.Um bom papo. Foram as lembranças que haviam ficado em nossa memória. Perdemos o contato. Seu pai, o velho Quaranta, que já era nosso amigo, tornou-se proprietário rural na região do Córrego Tamanduá e freqüentava Cassilândia indo sempre ao nosso escritório. Como todo pai preocupado, sondou junto ao Adaias, Antonio e Juraci e concluiu que havia espaço profissional para o filho.


Dito e feito! Como ainda não havia pediatra na cidade, conseguiu lugar para atender nos dois hospitais da época. Antes dele se mudar, Quaranta trouxe sua noiva Tânia para conhecer a cidade. Lembro bem: estavam conversando com o dr. Juraci em frente ao hospital. Até comentei com o Girotto: "será que essa carioca vai agüentar isso aqui?"


Quaranta chegou no dia 30 de maio de 1977 e até deixou algumas de suas tralhas no quarto dos fundos da minha casa, ao lado do escritório. Logo em seguida casou-se no Rio e veio ainda mais animado para o desafio.


Hábil e competente na profissão, conseguiu transitar com desenvoltura entre as situações conflitantes, principalmente relativas a concorrência hospitalar e aos entreveros políticos, muito comuns e apimentados na época. E assim, foi se firmando no cenário. Aberto e de fácil relacionamento, Quaranta integrou-se rapidamente ao dia a dia da comunidade , ao lado da mulher que conciliava a odontologia com a missão de mãe.


Pediatria é especialidade complicada; o paciente não ajuda no diagnóstico da doença. Se a criança chora, pode ser dor de barriga ou de ouvido. E o pior: não tem sossego. O telefone toca a qualquer hora. Acompanhei parte da trajetória dele, pois essa geração que hoje está adulta, até casando, passou pelas suas mãos. Os filhos do Girotto, Valdir, Gilberto, Bizar e Nelsinho são alguns dos exemplos. Nas reuniões do Rotary, onde chegou a presidência inclusive, Quaranta não escondia nos papos, as vicissitudes da profissão que ele tanto gosta.


Antes de redigir essa crônica, precisava de alguns dados e liguei para sua casa. Falei com a Tânia, despachada como sempre e em seguida com ele. Não tive saída; disse-lhe do meu propósito e ele revelou-me: "amanha, dia 30, estarei completando 29 anos de Cassilandia", fazendo uma rápida retrospectiva desta jornada. Falou-me dos filhos, um médico, outro cursando Direito, da mãe viúva morando em Rio preto, do irmão medico ortopedista em Chapadão do Sul. Enfim matamos saudades de um tempo gostoso..


Quaranta não sairá mais de Cassilândia, onde fincou raízes profundas no alicerce da amizade sadia, do bem querer e de uma postura ilibada ao longo destes anos. É conceituado como médico, generoso, bom chefe de família, pai devotado, desportista e cidadão prestante. Descendente de italiano, é vibrante, emotivo, amigo dos amigos e seguidor dos preceitos da boa moral. Assim, o espaço que conquistou não é fruto do acaso. É a somatória de tudo isso. Nesta galeria de personagens ilustres, há um lugar reservado para esse riopretense de boa cepa, que não só fez história como ajudou a desenhar a própria história da comunidade, que lhe é grata e parceira. Quaranta é patrimônio da cidade. Esse é o Quaranta. O nosso bom José.

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