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Homenagem póstuma a Valtinho e Inácia

Ivan Fernando Gonçalves Pinheiro, advogado e escritor - 09 de dezembro de 2013 - 15:41

Homenagem póstuma a Valtinho e Inácia

O casal Inácia e Valtinho, unidos pela matéria, unidos pelo espírito. Ninguém cruza nosso destino por acaso. Deus o Grande Arquiteto do Universo sabe quais as razões que aproxima uma pessoa de outra. Depois, ELE, o Criador, retira as pessoas desta vida, enquanto nos pobres mortais somos incapazes de compreender os mistérios Divinos. O destino aproximou Inácia e Valtinho, traçando suas missões na Terra entre seus semelhantes. Neste ano de 2013 que se finda, Deus retirou de nossa convivência material, o casal Inácia e Valtinho, ainda no esplendor da juventude, nos causando perplexidade e dor. Não sabíamos que a jornada do casal seria tão pequena entre nos. Sabíamos apenas, que as suas obras humanitárias eram gigantes em favor do seu semelhante. O grande escritor universal, Dante Alighieri, na sua magnífica obra “A Divina Comédia”, narra com sabedoria e beleza, o encontro no plano espiritual de “Virgílio e Beatriz”. Analogicamente, Inácia e Valtinho, unidos pela matéria aqui na Terra, agora unidos eternamente pelo espírito na “Jerusalém Celestial”. Aqueles que tiveram o privilégio da convivência próxima ao casal sabem que eles não praticaram e nem conheceram a palavra orgulho. Apenas por amostragem, muitos presenciaram a Inácia, proprietária de um conceituado restaurante, suprindo ausência de funcionários, humildemente servindo mesas da sua vasta clientela; sem perder a autoridade e o respeito dos seus comandados, que a consideravam uma grande mãe e não uma patroa. Quantas vezes observamos o Valtinho, sócio proprietário do Posto de Gasolina, humildemente trabalhando de frentista, para bem atender amigos e clientes. Quantas pessoas carentes foram assistidas e alimentadas pelas mãos generosa da Inácia e Valtinho. Apenas por amostragem, certa feita presenciei o Valtinho dar falta de uma pessoa carente que diariamente vinha buscar auxilio material. Então ele determinou a um funcionário do posto que fosse até o endereço daquela pessoa carente obter informações. O funcionário retornou e disse: “Valtinho, ele está acamado, queimando de febre”. A providência determinada pelo Valtinho foi imediata, quando solicitou uma ambulância, para urgentemente levar o carente para o hospital Santa Casa. O que dizer da Inácia, como presidente da “Colméia da Fraternidade”, ela percorreu um bairro carente de nossa cidade, humildemente, de porta em porta, cadastrando crianças carentes para receber alimentos e presentes de Natal. Cada um dos seus muitos amigos poderia dar o testemunho das infinitas ações de filantropia e caridade praticada pelo casal Inácia e Valtinho; e tantas outras que se passaram no anonimato. O filósofo grego Platão afirmava que o exemplo não é somente a maneira mais lógica para se convencer as pessoas, é a única. O exemplo desse jovem casal, calou fundo nos corações, nas mentes e nas almas dos amigos, e dos seus fiéis servidores. Não é comum funcionários de uma empresa rezar, fazer promessas de sacrifícios e derramar lágrimas, pedindo o restabelecimento da saúde dos patrões Inácia e Valtinho, fato que era público e notório nesta cidade. Existem pessoas que deixam rastro de luz por onde passam, pelo bom exemplo, pela fraternidade e amor ao próximo. Essas pessoas grandiosas, não precisa ser nome de rua, praças, prédios públicos, ou ter um busto de metal nobre para serem lembrados pelos seus descendentes a amigos. Essas pessoas, dentre elas a Inácia e o Valtinho, são imortais no coração, na mente e nas almas de todos aqueles que tiveram o privilégio da Luz de sua convivência. A luz Divina é o merecimento dos justos, Inácia e Valtinho. Dentre seus amigos, esse humilde articulista saudoso. Minha eterna gratidão. IVAN FERNANDO GONÇALVES PINHEIRO, advogado e escritor da Academia Maçônica de Letras MS

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