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Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Câncer

INCA - 27 de novembro de 2010 - 10:37

Para marcar o Dia Nacional de Combate ao Câncer (27/11), o INCA lançou na sexta-feira, 26/11, o Plano de Ação para Redução da Incidência e Mortalidade por Câncer do Colo do Útero e o quarto volume da série Câncer no Brasil – Dados dos Registros de Base Populacional .O evento contou com a participação do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que anunciou garantia de aporte financeiro para dar continuidade às atividades dos Registros de Câncer de Base Populacional.

O plano foi elaborado por um grupo de trabalho instituído no início deste ano pelo Ministério da Saúde. Foram definidos cinco eixos para a intensificação das ações do Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero: fortalecimento do rastreamento organizado na atenção básica (Programa de Saúde da Família e Postos de Saúde) e da gestão descentralizada do programa de rastreamento; garantia de qualidade do exame citopatológico; garantia de tratamento adequado das lesões precursoras; intensificação das ações de controle do câncer de colo do útero na Região Norte (onde a doença é a principal causa de morte por câncer nas mulheres); e avaliação de alternativas de ações para o controle do câncer de colo.

O volume IV da publicação Câncer no Brasil – Dados dos Registros de Base Populacional traz a análise das informações coletadas no período entre 2000 e 2005 em 17 cidades brasileiras. A boa notícia é que o câncer do colo do útero vem sendo diagnosticado ‘in situ’ (nível de evolução que também pode ser conhecido de lesão precursora de alto grau), ou seja, antes de se tornar um câncer invasor, que é mais difícil de tratar e pode levar à morte.

As principais informações coletadas pelos registros e analisadas na publicação foram apresentadas pelo coordenador-geral de Ações Estratégicas do INCA, Cláudio Noronha, que destacou a qualidade das informações. “Desde o início da série, nos anos 90, até agora, o número de registros participando da publicação aumentou de seis para 17, sendo que todos atendem aos critérios internacionais de qualidade, e cobrem 17% da população nacional.”

O diretor-geral do INCA, Luiz Antonio Santini, explicou que a construção do Plano de Ação para Redução da Incidência e Mortalidade por Câncer do Colo do Útero é resultado de um trabalho que vem sendo feito pelo Ministério da Saúde desde 1977, através de diversas iniciativas voltadas para a saúde da mulher. “O Plano é uma proposta concreta e efetiva definida após a avaliação do Programa Nacional de Controle do Colo do Útero (PNCCU) por um grupo de trabalho do qual participaram profissionais do INCA, de todas as secretarias do Ministério da Saúde, Anvisa, Fiocruz, Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Conass, Conasems e secretaria de Saúde do estado do Pará.”

Santini demonstrou pontos positivos e desafios do PNCCU. “Atualmente, para cada caso de câncer do colo do útero invasor, são diagnosticadas 12 lesões precursoras. Isso significa que o acesso das mulheres aos programas de detecção precoce aumentou. E o total de amostras insatisfatórias de material para exame preventivo ginecológico é inferior a 1%.”

Porém o acesso não é distribuído igualmente. “Apesar de serem feitos pelo SUS 12 milhões de exames preventivos/ano, muitas mulheres fazem mais exames que o necessário e outras nunca fizeram. Enquanto na Região Sul o câncer do colo do útero não figura mais entre as cinco principais causas de morte por câncer entre as mulheres, ele é a principal causa de morte nos estados do Norte e a segunda causa no Centro-Oeste”, comparou.

Dentre as ações específicas para que os eixos definidos pelo plano tornem-se realidade, Santini destacou algumas. Para os eixos 2 e 3 (garantia de qualidade do exame citopatológico e garantia de tratamento adequado das lesões precursoras, respectivamente), estão previstos a implantação da política de certificação e credenciamento de laboratórios de citopatologia no SUS e dos centros qualificadores de ginecologistas, para aumentar a oferta de tratamento nas unidades da atenção secundária. No eixo 4 (intensificação das ações de controle do câncer de colo do útero na Região Norte) a meta é reduzir em 70% o número de casos novos na Região Norte num prazo de 10 anos.

José Gomes Temporão anunciou que o Ministério da Saúde vai garantir o aporte financeiro necessário para dar continuidade às atividades desenvolvidas pelos Registros de Câncer de Base Populacional. Portaria neste sentido foi assinada dia 24 e publicada na edição de 25/11 do Diário Oficial da União.

O ministro afirmou que a série Câncer no Brasil é essencial para o enfrentamento do câncer e que o IV volume representa um avanço na qualidade das informações.Temporão também disse que o Plano de Ação é muito sólido e vai garantir a redução das desigualdades regionais. “Vamos nos empenhar para melhorar a captação das mulheres para fazerem o preventivo e na qualificação dos laboratórios, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, onde a situação é mais preocupante.”

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