Nesta sexta-feira, 21 de setembro, é lembrado o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência. Instituída por lei, a data surgiu em 1982 e foi escolhida por ser próxima à primavera e ao Dia da árvore, como representação da busca pela cidadania e igualdade. O objetivo da data é discutir e alertar o poder público e a sociedade sobre a importância da inclusão social e igualdade de condições. Apesar das leis que auxiliam as pessoas com alguma deficiência, como a de inclusão no mercado de trabalho, cotas para concursos públicos e de acessibilidade, é muito difícil, por exemplo, conseguir uma vaga de emprego. Um dos maiores problemas é a falta de qualificação, mas os obstáculos também vêm das próprias empresas como conta o atleta de tênis de mesa paraolímpico Iranildo Espíndola.

"Existem poucas pessoas, digamos, qualificadas na área de deficiência. Mas muita gente também qualificada. Mas infelizmente o fato da pessoa ter uma certa deficiência é um obstáculo muito grande. Algumas empresas realmente não têm condições físicas de receber essa pessoa portador de deficiência, às vezes dificultam."

A data também serve para lembrar à sociedade que é preciso receber as diferenças. É o que defende o presidente da Federação Nacional das APAES, Eduardo Barbosa.

"A sociedade toda tem que entender que ela precisa conviver com diversidade. Por isso mesmo que se fala no processo de inclusão social, inclusão no trabalho inclusão na escola. Para poder fazer com que todos se adequem para receber as diferenças. E em cima disso, nós temos por exemplo a lei de acessibilidade que é um grande avanço porque ela exige um repensar da arquitetura urbana."

O Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência é comemorado todos os anos em todos os estados brasileiros. De acordo com o censo do IBGE, mais de 24,5 milhões de pessoas são deficientes no Brasil.

De Brasília, Marcelo Brito