Jorge sentou praça na cavalaria
e eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
para que meus inimigos tenham mãos ,não me toquem
para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem
para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam
e nem mesmo um pensamento eles possam ter para me fazerem mal

armas de fogo,meu corpo não alcançará
espadas, facas e lanças se quebrem,sem o meu corpo tocar
cordas,correntes se arrebentem,sem o meu corpo amarrar
pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge

Jorge é de Capadocia, viva Jorge
Jorge é de Capadocia, salve Jorge

perseverança,ganhou do sórdido fingimento
e disso tudo nasceu o amor
perseverança,ganhou do sórdido fingimento
e disso tudo nasceu o amor

Esta é a letra da música Jorge da Capadócia, uma das músicas mais conhecidas de Jorge Benjor. Trata-se de uma homenagem do cantor a São Jorge, cavaleiro de muita fé que encarou as mais duras torturas e faleceu defendendo suas crenças em 23 de abril de 303.

E esse santo guerreiro, de fé inabalável, só poderia vir a se tornar padroeiro do Corinthians, clube que possui a torcida mais Fiel do mundo. A devoção dos torcedores alvinegros pelo Timão e seus ídolos representa o grande valor prezado pelos seguidores de São Jorge, o espírito de luta.

E não é só aqui que São Jorge é cultuado. Ele ainda é padroeiro da Inglaterra, de Portugal, da Lituânia, da Geórgia, da Catalunha e das cidades italianas de Veneza e Gênova. Mesmo assim, foi expurgado da Igreja Católica, pelo Papa João VI por não ter seus feitos e sua vida registrados historicamente.

Diz a lenda que isso gerou um pedido pessoal, feito em um bilhete, do ex-arcebispo de São Paulo e corinthiano, Dom Paulo Evaristo Arns, para o Papa João VI: “Santo Padre, nosso povo não está entendendo direito a questão. São Jorge é muito popular no Brasil. Sobretudo ante a imensa torcida do Corinthians, o clube de futebol mais popular de São Paulo”, pedira o arcebispo, que teria recebido a seguinte resposta do Papa: “Não podemos prejudicar nem a Inglaterra, nem o Corinthians”. (Dom Paulo Evaristo Arns, CORINTIANO, GRAÇAS A DEUS, Ed Planeta, São Paulo, 2004, p. 99).

Mas caçado ou não, São Jorge segue firme e forte no imaginário popular e na inabalável fé corinthiana. Viva São Jorge!

Matéria de autoria do site oficial do Corinthians