Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Quinta, 28 de Março de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

História: o dia em que Pelé ficou no banco de reservas

CBFNews - 15 de fevereiro de 2005 - 08:23

Pelé se consagrou para o mundo com a camisa 10 em 1958, na Suécia. Mas foi a camisa 13 a primeira que ele vestiu na Seleção Brasileira, em seu jogo de estréia, no dia 7 de julho de 1957, no Maracanã. Pelé, que estava no banco de reservas, entrou no lugar de Del Vecchio e marcou o gol do Brasil na derrota de 2 a 1 para a Argentina.

Treze anos depois, já Rei do Futebol, Pelé voltaria a vestir a camisa 13 do Brasil. No dia 26 de abril de 1970, com Zagallo como treinador, Pelé ficou no banco de reservas em um amistoso contra a Bulgária, que terminou empatado em 0 a 0, na preparação para a Copa do Mundo do México - naquele dia, no Morumbi, o titular da posição, o número 10, foi Tostão. É ele quem conta o que aconteceu.

- O Zagallo tinha convocados dois centroavantes, Roberto Miranda, que era o titular, e o Dario. Como eu seria o reserva do Pelé na Copa, ele quis ver com eu me sairia na posição. Por isso, o Pelé ficou no banco - recorda.

Ele substituiu Tostão no segundo tempo. O Brasil empatou em 0 a 0 com a Bulgária com Félix, Carlos Alberto, Brito, Joel Camargo e Marco Antônio; Clodoaldo (Rivelino) e Gérson; Jairzinho, Roberto Miranda, Tostão (Pelé) e Paulo César (Edu).

Foi o quarto jogo sob o comando de Zagallo, que havia assumido a Seleção Brasileira no dia 22 de março de 1970, em amistoso em que o Brasil goleou o Chile por 5 a 0, no Morumbi, com dois gols de Roberto Miranda, dois de Pelé e um de Gérson. Depois vieram uma nova vitória sobre o Chile, por 2 a 1, em 26 de março, no Maracanã (gols de Carlos Alberto Torres e Rivelino) e um empate em 0 a 0 com o Paraguai, em 12 de abril, também no Maracanã (a dupla de atacantes foi formada por Dario e Pelé).

O treinador conta que pretendia armar a Seleção com um centroavante específico (Roberto Miranda), de presença mais fixa na área. Tostão não tinha essa característica e por isso seria mesmo o reserva de Pelé na Copa do Mundo do México.

- Como do Pelé já sabia o que esperar, quis ver o Tostão jogando de saída, pois poderia precisar dele na Copa como ponta de lança - conta o treinador.

Três dias depois desse jogo contra a Bulgária, no entanto, Zagallo tomou a decisão que prevaleceria na Copa do Mundo - passou Tostão para centroavante. No último amistoso da Seleção antes da viagem para o México, em 29 de abril de 1970, no Maracanã, o Brasil venceu a Áustria por 1 a 0, gol de Rivelino. Tostão vestiu a camisa 9, ao lado de Pelé. Zagallo conta como foi.

- Eu chamei o Tostão e perguntei se ele estava disposto a jogar mais à frente, funcionando como uma espécie de pivô. Foi escalado e, com sua inteligência e talento, acabou sendo um dos jogadores mais importantes da campanha do tricampeonato.

Nesta partida contra a Áustria, o Brasil jogou com Félix, Carlos Alberto, Brito, Wilson Piazza e Marco Antônio; Clodoaldo, Gérson e Rivelino; Rogério (Jairzinho), Tostão (Dario) e Pelé. Foi a despedida da Seleção no Maracanã com 57. 370 pagantes.

SIGA-NOS NO Google News