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História de Vida Comum: O Futuro dos filhos dependem sempre da formação que receberam dos pais?

Terezinha Tagliaferro, de Malta - 19 de março de 2012 - 08:40

Amigos eu ja vi pais chorarem e exclamarem desesperadamente: “Onde foi que eu errei?”

Hoje, por ser “ Dia Santo” aqui, festa de S.José, fui a missa num horario mais cedo, pois a tarde devo trabalhar.Ao sair da missa,encontrei uma senhora,vamos chama-la de D.Carmem, a qual eu devo muita obrigaçao.Logo que chegamos aqui em Malta, eu nao podia exercer a minha profissao de professora devido ao idioma.Para isso eu deveria me preparar, fazer exames de adaptaçao, etc...Nos estavamos atravessando um periodo financeiro dificil e eu precisava trabalhar.Entao, decidi iniciar no ramo de artesanato, pelo qual eu ja tinha e tenho predisposiçao natural, graças a Deus. D. Carmem, tinha uma loja nao muito longe da minha casa, onde vendia de tudo.Ela me dava idéia daquilo que eu deveria fazer e colocava na loja dela pra vender.Foi a primeira loja, com a qual iniciei a trabalhar.No inicio eu nao tinha maquina de costura e naquele tempo aqui,nao existia compras a crédito.Essa senhora me emprestou a maquina dela , foi uma bençao do céu.Graças a Deus, comecei sem nada, mas progredi demais.Em pouco tempo ja tinha tudo o necessario e trabalho nisso até hoje,so que agora, devido a integraçao na Comunidade Européia, a importaçao abriu de tal maneira que o artesanato se tornou superfluo.

Hoje, encontrado com D.Carmem, ela chorando me contou com muita tristeza sobre os filhos dela.Ela tem 4 filhos, sendo dois homens e duas mulheres.

Ela , seu marido, a filha mais velha e o mais novo sao membros participantes de todas as atividades da paroquia.

A filha mais nova casou-se com um africano, jogador de futebol e tem um casal de filhos, sendo que o mais novo sofre de altismo.

Entao, D. Carmem me disse que a filha mais nova também estava preparando tudo para se separar do marido porque nao deu certo.Ele foi jogar futebol na Inglaterra e esqueceu que tem familia.Durante 4 meses nao deu noticias e nem enviou nenhum tipo de ajuda.

A filha mais velha também mora com ela, pois ja esta separada do marido ha mais de 13 anos.

Um dos filhos entrou na moda de apenas conviver, sem casar,mas agora, que ja tem uma filha de 3 anos , decidiu casar-se.

Entao, ela estava me dizendo justamente isso:” Muitas vezes me sinto em culpa, pensando que nao dei uma boa formaçao para meus filhos.Outro dia estive conversando com o Padre da paroquia que me conhece ha muitos anos e viu crescerem meus filhos.Ele disse pra mim ficar tranquila, que nao é culpa minha ou do meu marido.Nos agimos direito, mas infelizmente, o futuro nos reservou essa estrada de sofrimento.”

Eu ouvi tudo com atençao, a consolei como pude e depois fiquei refletindo:

Mas , é verdade.Isso é uma coisa que acontece muito.Otimas familias e de-repente tudo muda.Nos nao conhecemos mais nossos filhos.Tudo aquilo, no qual acreditamos passa a nao ser importante para eles, perdem o valor.Nos nos sentimos perdidos.A quem recorrer?

Nada de desespero.Nos ainda temos duas armas: a fé e o tempo.A fé porque nos temos um Pai que ve, sabe tudo e nao nos abandona,o tempo porque é o melhor remédio.E preciso saber que tudo aquilo de bom que nos incutimos em nossos filhos, mais dias ou menos tera retorno.Nada é perdido.O importante é continuarmos firmes nos nossos principios porque nos somos a chave, somos o ponto de referimento deles.

Santa Monica é a prova disso, pois rezou e esperou mais de 30 anos pela conversao de seu filho, Santo Agostinho.

Vamos aproveitar, este é o tempo de quaresma, tempo propicio pra rezarmos mais, pedir pela nossa conversao e de nossos familiares.Tenha fé.Nao ha nada que a oraçao nao possa modificar, mesmo que leve tempo.



Terezinha de Jesus Tagliaferro



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