Francisco Horta, o presidente do Fluminense dos anos 70, foi quem contou essa história. A Máquina tricolor foi jogar em Campos contra o Americano. No ônibus, seguiram os muitos craques daquele time, Rivelino, Carlos Alberto Torres, Paulo César, Edinho, Dirceu, Doval, Pintinho. Como fazia forte calor, mas com temporal próprio dos finais de tarde, o treinador do Fluminense de então viajou para Campos de bermuda e portando guarda-chuva.

Na volta, na segunda-feira, o treinador pede ao motorista para dar uma parada na Leopoldina - dali seguiria para a sua casa. Ele salta de bermuda, com o guarda-chuva e mais a gaiola com passarinho que ganhara de um torcedor em Campos. A cena provoca uma gargalhada em cadeia dentro do ônibus. Os jogadores não conseguiram se conter.

Sentado na primeira fila, observando a tudo - mas sem poder rir -Francisco Horta pensa e chega a uma conclusão.

- O treinador de um time cheio de craques como o Fluminense não pode ser responsável por um momento como esse. Os jogadores não podem rir dessa maneira do meu técnico. Vou demiti-lo.

E assim foi feito. Horta demitiu o técnico no dia seguinte, nas Laranjeiras.