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Hexacampeão: São Paulo campeão em 1986

Site Oficial do São Paulo - 08 de dezembro de 2008 - 07:50

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Este título foi conquistado em Campinas, no Estádio Brinco de Ouro de Princesa, diante do Guarani, nos pênaltis. Foi sofrido, como o de 1977, e também exigiu além de técnica e raça dos jogadores, muita fé – pois vários gols importantes foram feitos em minutos finais de jogos decisivos, inclusive da prorrogação da finalíssima, quando Careca empatou sensacionalmente.

O período de sufoco do torcedor são-paulino teve início nas quartas-de-final, no confronto direto (um matando o outro) com o Fluminense, após passagem tranqüila pelas fases anteriores. Perdemos no Rio por 1x0 e amarguramos um 0 a 0 até os 35 do segundo tempo do jogo de volta, no Morumbi – quando Careca marcou um gol ‘espírita’, desses que acontecem uma vez e nunca mais. Nelsinho cobrou o lateral para ele, que estava de costas para o gol, na posição de ponta-esquerda na altura intermediária da área, dominou, virou e chutou para o gol sem olhar. A bola bateu primeiro no travessão, depois no poste esquerdo do goleiro e só aí foi para as redes. Logo em seguida, Muller fez São Paulo 2 a 0.

Nas semifinais o confronto foi contra o América. O São Paulo ganhou o primeiro jogo, no Morumbi, por 1 x 0, gol de Careca nos minutos finais, e conseguiu um empate chorado de 1 a 1 no Maracanã, com todo o time na defesa para garantir o resultado.

As finais com o Guarani foram igualmente nervosas e difíceis. O São Paulo saiu perdendo a primeira, no Morumbi, conseguindo o empate no meio do segundo tempo e pressionando no fim sem sucesso. A finalíssima começou do mesmo jeito, Guarani 1 a 0, gol contra de Nelsinho aos 2 do primeiro tempo. Bernardo empatou de cabeça logo depois, aos 9. Nelsinho declarou na ocasião que sua vontade foi “dar um beijo na testa do Negrão”. Os 90 minutos terminaram com esse placar, 1 a 1. Logo no início da prorrogação Pita fez São Paulo 2 a 1. Aos 7, Boiadeiro empatou, 2 a 2. Já no segundo tempo, aos 2 minutos, Wagner aparou mal uma bola, João Paulo tomou-a e fez Guarani 3 a 2. Os campineiros já comemoravam o título quando Careca empatou o jogo e levou a decisão para os pênaltis. A fé dos são-paulinos foi mais forte.

Um gol para ficar na história

O São Paulo campeão brasileiro de 1986 era um timaço. Jogava por música. Seu astro-rei era Careca, o artilheiro do campeonato, com 25 gols, que teve seu passe vendido meses após ao Nápoli. Lá ele também se consagrou, tendo sido campeão italiano formando a dupla de atacantes do time com o argentino Maradona. Diz a história do Brasileiro-86 que no finalzinho da prorrogação, quando o São Paulo perdia por 1 gol de diferença, Wagner Basílio foi cobrar o tiro de meta e ouviu do goleiro Gilmar: “Manda logo a bola na direção do Careca que ele resolve”. Wagner tentou, mas a bola foi em direção ao Pita, que saltando com um zagueiro tocou-a de raspão com a cabeça. A bola procurou Careca, que iniciou a corrida ao perceber que ela poderia vir ao seu lado. De sem pulo, o artilheiro emendou de esquerda. Um golaço para a história.

Campeonato das liminares – O Brasileirão-86, também chamado de Taça de Ouro, foi disputado inicialmente por 44 times, divididos em quatro grupos de onze, e se caracterizou por ‘jogadores’ também fora de campo, através de recursos e contra recursos judiciais. Só caiu nas graças do público a partir da 3ª fase (oitavas de final).

Classificação

1ª fase – Grupo A

São Paulo, 17 pontos ganhos
Internacional-RS, 14
Sport, 13
Fluminense, 12; Bangu, 12
Ceará, 10
Sobradinho-DF, 8
Operário-MS, 7
Sampaio Correa, 6; Remo, 6
Coritiba, 5
2ª fase – Grupo E

Palmeiras, 22 pontos ganhos
São Paulo, 21
Joinville, 18; América-RJ, 18
Santos, 15
Bangu, 14
Treze, 12; Ponte Preta, 12; Botafogo, 12
A finalíssima contra o Guarani foi realizada em Campinas, no Estádio Brinco de Ouro da Princesa, dia 25/02/87, perante 37.370 pagantes.

O SPFC venceu com Gilmar, Fonseca, Wagner Basílio, Dario Pereyra e Nelsinho; Bernardo, Silas (Manu) e Pita, Muller, Careca e Sidney (Rômulo).
Técnico: Pepe.

O Guarani perdeu com Sérgio Neri, Marco Antônio, Valdir, Carioca, Ricardo Rocha e Zé Mário; Tosin, Tite, (Vagner) e Marco Antônio Boiadeiro; Catatau (Chiquinho Carioca), Evair e João Paulo.
Técnico: Carlos Gainete.

Gols no tempo regulamentar: Nelsinho (contra) aos 2, Bernardo aos 9, ambos no 1º tempo.
Gols na prorrogação: Pita a 1, Boiadeiro aos 7 (1º tempo), João Paulo aos 2, e Careca aos 14 do 2º tempo.
Nos pênaltis, marcaram para o São Paulo: Dario Pereyra, Fonseca, Rômulo e Wagner Basílio (Careca errou, na 1ª cobrança). Erraram para o Guarani: Boiadeiro na primeira cobrança e João Paulo na quarta (Tosin, Valdir Carioca e Evair acertaram).

Artilheiros – O artilheiro do SPFC e do Campeonato foi Careca, com 25 gols, seguido por Muller (11), Silas (9), Pita (5), Zé Teodoro e Bernardo (3 cada), Sidney (2), Nelsinho, Dario Pereyra, Éder Taino e Pianelli (1 cada).

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