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HB põe 3 irmãs em isolamento por suspeita de gripe suína

Diário da Região - 10 de março de 2016 - 13:30

A jornalista rio-pretense Gabriela Carvalho Castilho, 35 anos, viveu momentos de forte tensão nos últimos dias. Três de suas quatro filhas, entre elas duas gêmeas de 3 anos, ficaram três dias internadas sob isolamento total no Hospital da Criança e Maternidade (HCM), em Rio Preto, com suspeita de H1N1. Somente nesta quarta-feira, dia 9, é que o quadro clínico das crianças melhorou e elas tiveram alta. Mesmo assim, terão de ficar em casa sem contato com outras pessoas além da família. “Foi um susto imenso. Não dá pra não ficar preocupada”, diz a mãe.

Após alarmar o mundo em 2009, a H1N1, ou gripe suína, voltou a assombrar a região neste ano. Já são 87 casos confirmados no Noroeste paulista, com dez mortes (duas em Rio Preto). No caso das três irmãs, não foi possível confirmar a doença, pois, quando foram internadas, já havia passado três dias de sintomas, e nesse caso, segundo o pneumologista pediátrico João Batista Salomão, o teste não é mais confiável. “Pode dar um falso negativo, por isso nem vale a pena fazer”, afirma.

O drama da família começou na sexta-feira, dia 4, quando as três apresentaram sintomas de gripe e falta de ar. No domingo, uma das gêmeas acordou sufocada. Foram até o pronto-socorro da Unimed, que suspeitou de dengue ou H1N1. Liberadas, as crianças pioraram o quadro na segunda-feira, com muitos vômitos e febre. Foram então internadas no HCM, onde ficaram até esta quarta-feira sob total isolamento em um quarto, até a alta.

O H1N1 parece rondar a família Castilho. Ana Paula Castilho Pessoa, 33 anos, prima de Gabriela, teve a doença confirmada em exame, em fevereiro, logo após o Carnaval. Nos três dias em que esteve internada no hospital Beneficência Portuguesa, em Rio Preto, ela teve diagnosticado um aneurisma no cérebro. “Os médicos disseram que foi decorrente do vírus”, diz. Por isso, passou por cirurgia para a colocação de uma prótese na aorta, e segue em recuperação. Agora, o marido e os dois filhos estão com suspeita de H1N1.

Segundo o infectologista da Unesp Carlos Magno Fortaleza, o contágio da H1N1 começa antes mesmo do aparecimento dos sintomas, entre 24h e 48h, e vai até sete dias após os primeiros sinais da doença. O período com maior risco de transmissão vai, em média, até o terceiro dia. Por isso, diz o especialista, o ideal é que o doente tenha o mínimo de contato com outras pessoas, principalmente nesse período. “No caso de crianças, o cuidado precisa ser redobrado porque elas costumam se aglomerar mais e colocar muito a mão na boca e nos olhos.”

Por conta da expansão rápida da doença na região, o governo de São Paulo resolveu antecipar do final de abril para a segunda quinzena de março a vacinação contra gripe. No ano passado, o foco da imunização eram crianças, gestantes, idosos, profissionais de saúde, indígenas, portadores de doenças crônicas, presos e funcionários do sistema prisional.

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