A festa dos alemães em Nurburgring por uma possível pole position do piloto da casa Sebastian Vettel durou poucos segundos. E quem fez questão de estragá-la foi Lewis Hamilton. Já com o cronômetro zerado, o piloto da RBR havia anotado o melhor tempo do treino classificatório até então: 1m29s501. Mas ainda faltava o britânico da Mercedes completar sua volta. E que volta. Hamilton, que sofria para encontrar o ajuste ideal no carro nos treinos livres, cravou 1m29s398 quando a torcida ainda comemorava o tempo de Vettel e garantiu o primeiro lugar no grid de largada do GP da Alemanha deste domingo (confira os melhores momentos no vídeo). Esta é a terceira pole de Hamilton na temporada, a segunda consecutiva, e a 29ª da carreira do britânico, que iguala a lenda Juan Manuel Fangio como o sétimo piloto com mais largadas na posição de honra na Fórmula 1.

Quem também mostrou força foi Felipe Massa. Melhor que o companheiro de Ferrari, Fernando Alonso, durante toda a atividade, o brasileiro chegou a ser o mais rápido no Q1 e no Q2, mas não pôde lutar pela pole devido a uma estratégia diferente do time de Maranello visando à corrida. A dupla da Ferrari usou os pneus macios nas duas primeiras partes do treino e foi para o Q3 com os compostos médios, enquanto os principais rivais anotaram suas voltas rápidas de macios, que são mais velozes, porém, menos resistentes. O regulamento determina que os pilotos comecem a corrida com o mesmo jogo de pneus com que fizeram a melhor volta no treino. Com isso, Massa ficou com a sétima posição no grid, logo à frente do espanhol.

O GP da Alemanha, nona etapa da temporada, está marcado para as 9h deste domingo (horário de Brasília). A TV Globo transmite a corrida em Nurburgring ao vivo. O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real.

Rosberg decepciona e é eliminado no Q2
E não era o dia dos pilotos locais. Se Vettel, pelo menos, garantiu um lugar na primeira fila, Nico Rosberg – um dos favoritos à pole e vencedor de duas das últimas três corridas – foi surpreendentemente eliminado na segunda parte do treino. O alemão da Mercedes errou uma das voltas rápidas no Q2, não voltou à pista e acabou sendo empurrado para fora dos dez primeiros que avançaram para a disputa da superpole, tendo que largar em 11º. Mark Webber (RBR) e Kimi Raikkonen (Lotus) dividem a segunda fila do grid de largada, seguidos por Romain Grosjean (Lotus) e Daniel Ricciardo. Para terem a opção de escolher com qual pneu largar no domingo, Jenson Button (McLaren) e Nico Hulkenberg (Sauber) optaram por não marcar voltas no Q3 e começam em nono e décimo, respectivamente.

Sem problemas com pneus, chance de boicote é mínima
Assim como nos treinos livres de sexta-feira, não houve nenhum incidente com pneus neste sábado, afastando quase que completamente a possibilidade de um boicote por parte dos pilotos. Após o “festival” de compostos furados no GP da Inglaterra do último domingo, os competidores ameaçaram não correr, caso episódios semelhantes se repetissem. A Pirelli, fornecedora única da categoria, mudou a composição dos pneus traseiros, substituindo a cinta de aço por kevlar (material usado em coletes à prova de bala) e parece ter resolvido o problema.

Fumaça e decepção no fim de semana do GP de nº 600 da Williams

O treino da Williams no fim de semana que completa 600 GPs na Fórmula 1 foi um retrato melancólico da pior fase de uma equipe de tanta tradição e títulos na categoria. Depois de precisar controlar um princípio de incêndio na garagem na parte da manhã, o time viu seus pilotos Valtteri Bottas e Pastor Maldonado sequer passarem do Q1. Eles começam, respectivamente, em 17º e 18º.