A taxa de juros não poderia subir muito mais, segundo o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega. Ao ser questionado se os juros básicos (a Selic) teriam alcançado seu limite de crescimento, Mantega disse que já chegaram "próximo ao máximo".

Ele espera que Banco Central baixe a Selic, que hoje atinge o valor de 19,75% ao ano. No dia 18, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar de 19,5% para 19,75% esses juros.

"É claro que o juro mais alto pode frear um pouco o ritmo de crescimento. Não queremos crescimento com inflação, porque ele será um crescimento de curto prazo. O Banco Central saberá o momento adequado para reduzir as taxas", comentou Mantega.

Ainda sobre a inflação, o presidente do BNDES espera que o Conselho Monetário Nacional (CMN) reavalie os preços administrados e commodities para definição da meta de inflação para 2007. O CMN se reúne no fim de junho para definir a inflação. "A meta tem que acomodar e permitir uma flexibilização maior". Ele acrescentou que os juros altos não têm eficácia no controle dos preços administrados.

Mantega falou hoje sobre os novos desafios do BNDES, no Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).