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Guia para comprar a primeira bike: o modelo ideal

Bike Magazine - 28 de fevereiro de 2019 - 11:00

Escolher a bicicleta ideal no meio de tantas marcas e modelos não é uma tarefa das mais fáceis, já que existem centenas de opções. O mercado oferece modelos road, mountain bikes, híbridas, dobráveis, comfort, lazer, aro 26, aro 29, com um ou dois amortecedores, elétricas e por aí vai. Escolher o modelo perfeito é importante para que o recurso investido na compra reverta em saúde e prazerosas pedaladas.

Antes de escolher o modelo, vale a pena gastar um tempo e observar as dicas que estão nesse pequeno guia que elaboramos para auxiliar as pessoas que vão adquirir a primeira bike.

O PASSO A PASSO DA ESCOLHA

1– Tudo começa com a definição do motivo que levou você a querer comprar uma bicicleta. Há pessoas que investem milhares de reais numa bike simplesmente porque o amigo comprou determinado modelo. Outros querem usar uma bicicleta como transporte para o trabalho, escola ou faculdade. Há quem compre por sugestão médica como forma de perder peso, outros para entrar ou manter a forma. Seja qual for o motivo, é bom ter em mente que essa é uma decisão bem individual. O que é bom para os outros pode ser muito ruim para você. O que é importante para alguém pode ser totalmente desnecessário para você. Considere, inclusive, a opção de adquirir uma bike usada. Nesse caso, escolha a dedo uma bicicleta de “garagem”, que comprovadamente tenha tido pouquíssimo uso e tenha preço atraente.

2– O mais importante é ter bem definido o uso que pretende fazer da bike. Diferentes usos exigem diferentes bicicletas, simples assim. Se você mora numa cidade litorânea, repleta de ciclovias à beira-mar e pretende pedalar a maior parte do tempo nessa área, você vai precisar de uma bicicleta bem diferente de alguém que mora numa cidadezinha encravada numa região montanhosa e que vai pedalar em estradas de terra na zona rural. A mesma lógica vale para quem é apaixonado por ciclismo, mora numa região com boas estradas e quer apenas pedalar em estradas de bom asfalto.

3– Identifique o seu perfil. Se você quer uma bike exclusivamente para lazer, para pedalar em parques com a família, dar uma volta na ciclovia aos domingos para desestressar, fique longe das bikes de competição, nesse caso uma bike mais simples – do tipo híbrida ou comfort bike – pode ser a bike que você precisa.

Se na infância você andou muito de bicicleta, isso vai te ajudar e muito a voltar a pedalar e é bem provável que em poucos meses você terá evoluído para participar de passeios e outros eventos. Nesse caso, a compra de um modelo mais leve e com componentes melhores pode ser uma boa pedida.

Da mesma forma, pessoas com mais aptidão física, que já são praticantes de outros esportes (futebol, corrida a pé, natação etc), podem investir em uma bicicleta que possa ser usada em competições. São bicicletas mais caras, mas que certamente trazem componentes melhores e mais duráveis.

Já os mais sedentários levarão mais tempo para entrar em forma e mais tempo para evoluir: portanto, uma bicicleta mais básica, num primeiro momento, pode ser o ideal.

Pessoas com menos flexibilidade terão mais dificuldade em se adaptar com as bicicletas de ciclismo, também chamadas de speed ou road.

Indivíduos acima do peso vão precisar de uma bike robusta, com componentes de qualidade.

4– Informe-se e pesquise sobre o assunto e troque ideias com ciclistas mais experientes. Quanto mais informações reunir sobre o tema, melhor será na hora de decidir pela compra.

5– Bicicletas devem ser compradas em lojas especializadas, também chamadas de bike shops, sob os cuidados de um profissional que oriente na escolha. A grande maioria das cidades brasileiras tem pelo menos uma boa loja de bicicleta. Se na sua cidade não há nenhuma loja assim, vale a pena visitar lojas mais completas e com mais variedade em cidades de maior porte.

6- Assim como sapatos, bicicletas também têm tamanho e é fundamental comprar a bike no tamanho certo. Certifique-se do tamanho certo para você antes de efetuar a compra. Um bom profissional saberá indicar o tamanho de quadro correto para seu tipo físico. O ideal é que você faça um pequeno teste drive se estiver em dúvida quanto ao tamanho. Se você for tiver acima de 1,85m ou abaixo de 1,65m, fique atento, pois as bicicletas nacionais de recreação e lazer vêm todas num tamanho padrão e podem ser um problema. Algumas marcas e modelos, normalmente as mais caras, estão disponíveis numa ampla grade de tamanhos.

7– Invista na melhor bicicleta que seu dinheiro puder alcançar. Vale muito a pena investir num bom produto que só vai te trazer benefícios, saúde e alegria. Uma bike de R$ 5 mil certamente oferece mais benefícios que uma de R$ 1.500.

8– Antes de sair para a compra, é muito importante já ter claramente definida qual a faixa de preço da bicicleta. Chegar na loja com o tipo, o modelo e a faixa de preço já definidos facilita bastante a escolha final do produto. Pense bem: se você tem R$ 2 mil disponível para gastar, poupe o tempo do vendedor que quer te vender uma bike de R$ 8 mil. Lembre-se de reservar parte de sua verba para adquirir os acessórios e vestuário, como bermudas, as luvas, os óculos e, claro, o indispensável capacete.

9– Negocie com calma. Pechinchar faz parte de qualquer negociação. As bicicletas têm preços definidos pelos fabricantes e importadores, mas sempre há uma margem de negociação com a loja, seja num desconto à vista, seja nas opções de parcelamento ou nos brindes que podem acompanha a bicicleta como capacetes, bolsa de selim, uma bomba, um agrado.

10– A marca da bicicleta pode ser definida na hora, de acordo com seu gosto, cores, grafismo etc. Os componentes (marca das peças) são praticamente os mesmos usados em todas as marcas.

Praticamente toda loja oferece uma revisão gratuita após 30 dias de uso. Essa revisão é importante para ajustar os freios e os câmbios e para um reaperto geral; aproveite para tirar eventuais dúvidas.

OS PRINCIPAIS TIPOS DE BICICLETA

Lazer e recreação

Há vários tipos de bicicletas que podem ser classificadas como bicicletas de lazer e recreação. Enquadram-se aqui as Comfort Bikes, Beach Bikes (bicicletas praianas) e os modelos mountain bikes mais simples.

São bicicletas mais robustas, com uma geometria confortável e que empregam componentes mais simples que tornam o preço bastante atraente. Podem ser a grande pedida para quem está em busca de uma bike simples para lazer e sem maiores aspirações.

São perfeitas para pedalar no parque, na ciclovia, em passeios ciclísticos e em deslocamentos de curta distância. Mas são limitadas para outras aplicações, como trilhas ou viagens longas de cicloturismo.

O mercado oferece muitas opções nessa categoria, com opções de câmbios de 21, 24 e 27 velocidades e até bikes com câmbio automático. Algumas têm freios a disco e suspensão dianteira. Se você é iniciante, fique atento à qualidade do selim e prefira os mais largos e almofadados.

Mountain Bikes

As bicicletas de montanha (também chamadas de BTT ou Bicicleta Todo Terreno em Portugal), de aro 26 são as bicicletas mais comuns nas lojas e nas ruas. Têm a grande vantagem de serem bastante versáteis e encaram desde um passeio no parque, uma viagem de cicloturismo e até corridas em terrenos difíceis. Esse tipo de bike atende as necessidades de praticamente 80% dos ciclistas. Hoje, praticamente todas já saem de fábrica com suspensão na frente e com freios a disco nas duas rodas. Os preços vão variar bastante em função dos componentes que, por sua vez vão influenciar diretamente no peso da bicicleta. Há também modelos com suspensão também na traseira (as full suspension), que são bem confortáveis no off road. Mas atenção, pois uma bike full suspension pesa bastante e os modelos de baixo peso custam bem caro.

Mountain Bike

Os quadros podem ser feitos de aço (muito pesados), alumínio (tendem a ser mais leves e duráveis) e de carbono (bem leves e mais caros), que são perfeitos para quem quer competir.

Recentemente as mountain bikes com rodas de aro 29 têm ganhado cada vez mais mercado. Por terem a roda maior, passam com facilidade sobre obstáculos e rodam com mais facilidade em terrenos planos por terem maior inércia. A última palavra são os modelos com aro 27.5, ainda tímidas no mercado e que ainda carecem de componentes de reposição como pneus e câmaras.

Uma dica para quem quer fazer cicloturismo: escolha um modelo que tenha furação nos stays traseiros. Esse detalhe será fundamental na hora de fixar o bagageiro para levar os alforjes.

Ciclismo

Também chamadas de speed ou road bikes, são destinadas a um público específico. Com pneus finos e delicados, foram concebidas para rodar em bons pisos asfaltados, com uma posição de pedalada que pode ser bastante desconfortável para muitos. Os modelos mais em conta são feitos de alumínio, mas há também opções (mais leves e mais caras) em fibra de carbono e também em titânio. Se pretende pedalar em regiões montanhosas considere adquirir uma speed com pedivela compacto e um cassete de 25 ou 27 dentes na traseira.

Dobráveis

Febre na Europa, essas bicicletas compactas ainda são novidade no Brasil. Normalmente têm aro 20 e são perfeitas para serem utilizadas no transporte urbano do dia a dia. Quando dobradas, podem ser acomodadas no porta-malas de qualquer carro, carregadas a tiracolo e embarcam facilmente em trens e ônibus ou ainda guardadas num cantinho do apartamento ou escritório. Entretanto, são bicicletas pouco versáteis e indicadas para deslocamentos urbanos de curta distância.

Bike dobrável Dahon

Híbridas

São bikes multiuso, em geral com aro 27 e pneus mistos, que vão bem tanto no uso urbano e quanto em longas pedaladas no asfalto e cicloturismo. Podem ser uma opção interessante para boa parte de ciclistas que buscam pedaladas tranquilas nos momentos de lazer já que não foram feitas para competir e nem para enfrentarem trilhas. Para garantir o conforto e o prazer de uma pedalada despreocupada, existem modelos equipados com câmbios automáticos.

AJUDA ONLINE

O site da Caloi (www.caloi.com.br) oferece uma ferramenta interessante que auxilia o novato a escolher o modelo de acordo com as informações fornecidas ao site, como quantidade de marchas, utilização, material do quadro, preço etc

DICAS DE SEGURANÇA

Tenha sempre uma atitude defensiva
Use roupas claras para ser mais visível
Ande no mesmo sentido dos carros
Pedale pela lateral direita da via
Fique atento com os veículos que vêm de trás
Observe o trânsito bem à frente
Sinalize suas intenções com sinais de braço
Pedale sempre equipado com capacete, luvas e óculos
Mantenha sua bicicleta sempre com a manutenção em dia

ACESSÓRIOS INDISPENSÁVEIS

Juntamente com a bike, é importante adquirir alguns itens essenciais para uma pedalada confortável e segura, como o capacete e algumas ferramentas e acessórios básicos.

Capacete – Embora não seja obrigatório, pedalar sem capacete não é recomendável. No mercado há modelos a partir de R$ 79.

Luvas – Em caso de quedas as mãos serão as primeiras a tocarem o chão. Prefira os modelos feitos com tecidos mais resistentes na palma da mão e com tecidos respiráveis na parte superior.

Óculos – Para proteger os raios solares nocivos e nas trilhas, dos insetos e das pedrinhas lançadas pelo biker da frente. Procure por modelos que tenham boa ventilação para evitar o embaçamento das lentes.

Bomba – Nem sempre o pneu vai furar perto de um posto de gasolina, por isso é bom se garantir.
Câmara de ar e espátulas – Pneus furam quando menos se espera. Ter pelo menos uma câmara e um par de espátulas é fundamental.

Bolsa de selim – Para guardar a câmara e as espátulas e outros objetos pessoais.

Suporte e garrafa – Hidratação é fundamental. Para levar a garrafinha – chamadas no jargão ciclístico de caramanhola – é necessário adquirir o suporte, que vai fixado diretamente no quadro por meio de dois parafusos. Algumas bikes comportam até dois suportes.

Bermuda – Bermudas de ciclismo aumentam a segurança nas pedaladas, pois shorts e bermudas comuns podem enroscar na bicicleta e causar acidentes. Quanto mais espesso o forro, maior será o conforto.

Camisa de ciclismo – São feitas de poliéster que evaporam o suor e não encharcam e têm bolsos grandes na parte traseira.

Ciclocomputador – Esse equipamento custa pouco e ajuda a acompanhar a evolução do ritmo e das distâncias. Há também vários aplicativos para smartphones com GPS que podem ajudar bastante nessa tarefa.

HIERARQUIA DOS COMPONENTES

O conjunto de componentes formados pelo pedivela, trocadores, freios, cassete, câmbios – e às vezes as rodas – é conhecido pelo termo “grupo”.

Cada fabricante possui várias linhas de grupos, que atendem a várias faixas de preço, peso e aplicação. Uma bicicleta pode vir montada com todos componentes de um mesmo grupo ou com peças de grupos variados.

ENTENDA AS DIFERENÇAS

Bicicletas podem ser usadas em dezenas de modalidades que podem ser divididas em duas grandes vertentes: o mountain bike, que é praticado fora de estrada, e o ciclismo. Elaboramos um pequeno glossário com as principais modalidades existentes e as características de suas respectivas bicicletas.

MOUNTAIN BIKE

Cross Country (XCO) – Modalidade olímpica desde 1996, disputada num circuito fechado de até 6km de extensão com terreno bastante acidentado. A bike ideal são as hard tail (sem suspensão atrás). Leveza é fundamental.

Marathon (XCM) – Entrou no calendário da UCI em 2003 e consiste em provas em estradas de terra e/ou trilhas com quilometragens entre 40km e 120km. Bikes full suspension e de aro 29 são perfeitas para essa finalidade. Conforto é a palavra-chave.

Downhill ou DHO – Disputado em descidas íngremes de montanhas com obstáculos naturais ou artificiais. As bicicletas full suspension têm curso de até 200mm, freios a disco potentes e apenas uma coroa. Exige frieza, habilidade e material de proteção individual, incluindo capacete fechado.

Freeride (FR) – É uma variação do Downhill com a diferença de não ser uma competição e sim meramente for fun. As bikes são robustas e full suspension com até 180mm de curso.

All Mountain – Praticado em relevo montanhoso com bikes full suspension de 160mm de curso e possuem travas. As bikes são mais leves que as de DHO e FR e oferecem mais marchas para poder encarar as subidas. com três coroas, travas nos amortecedores.

Short Track (XCC) – É um cross country realizado num circuito bem pequeno, de até 800 metros com as mesmas bikes do cross country olímpico.

Trial – Modalidade que exige muito equilíbrio e concentração e que consiste em literalmente passar por cima de obstáculos – naturais ou artificiais – sem colocar os pés no chão. As bikes têm quadros pequenos e reforçados, pneus largos e com pouca calibragem.

BMX – O bicicross deriva do Bicycle Motocross, já as primeiras bikes se pareciam com essas motos. O BMX clássico é disputado numa pista de terra cheia de obstáculos artificiais de até 380 metros de extensão e em 2008 passou a ser é modalidade olímpica. As bicicletas têm o quadro pequeno, rodas de aro 20 (ou 24 para a categoria Cruiser) e possuem apenas uma marcha.

Há outras modalidades relacionadas ao BMX, como o Dirt Jumping, Flat, Vertical e o Street com pequenas diferenças na bicicleta. Algumas bikes utilizam um rotor na caixa de direção que permite o guidão girar 360º sem a interferência dos cabos de freio para o atleta fazer manobras em pleno ar.

CICLISMO

Estrada – Como o próprio nome já explica, são provas realizadas em estrada e as bicicletas de geometria clássica reinam absolutas.

Contrarrelógio – Também chamada de crono, nessa modalidade vence o ciclista que for mais rápido individualmente num determinado percurso. As bicicletas têm uma geometria específica para deixar o ciclista numa posição aerodinâmica. Componentes como garfo, rodas e o próprio quadro são projetados de forma a reduzir o arrasto aerodinâmico.

Criterium – São provas de ciclismo disputadas num circuito curto, como em volta de um parque, numa avenida ou num quarteirão. É praticado com as mesmas bicicletas de estrada.

Pista – São várias modalidades olímpicas disputadas exclusivamente em velódromos. As bicicletas são de pinhão fixo e não possuem freios. A frenagem é executada com a força do ciclista sobre os pedais.

Ciclocross – Embora seja praticado em circuitos off-road com obstáculos naturais ou artificiais, é uma disciplina do ciclismo. As bicicletas se parecem bastante com as bikes de estrada, com a diferença que utilizam pneus com cravos, freios V-Brakes ou Cantilever.

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