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Guerra deixa mil mortos no Líbano e 100 em Israel

08 de agosto de 2006 - 15:45

Bombardeios israelenses mataram 14 civis no sul do Líbano nesta terça-feira, enquanto o governo libanês fazia novo apelo para a suspensão imediata da ofensiva de Israel contra os guerrilheiros do grupo Hizbollah, que em quatro semanas matou mil libaneses e cem israelenses.

Diplomatas que atuam na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, afirmaram que a votação da resolução para encerrar a guerra não deve acontecer antes de quinta-feira.

"Estamos trabalhando para conseguir um cessar-fogo rápido ou, no mínimo, o fim dos atos de agressão", disse o primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora. "Assim os desalojados podem voltar para casa".

As 14 mortes aconteceram no vilarejo de Ghaziyeh, no sul do Líbano, e outras 23 pessoas ficaram feridas, de acordo com os responsáveis pelo resgate e fontes médicas. As 15 vítimas do dia anterior estavam sendo enterradas quando as bombas começaram a cair. Elas atingiram alvos bem próximos ao local do enterro.

Três soldados israelenses morreram combatendo guerrilheiros do Hizbollah, elevando o número de baixas civis e militares de Israel para cem. A guerra teve início no dia 12 de julho, com uma operação do Hizbollah em que dois soldados de Israel foram capturados e oito foram mortos.

Dezenas de foguetes lançados pelo Hizbollah atingiram o norte de Israel na terça-feira, mas não havia informações sobre vítimas.

Pelo menos 979 morreram devido aos confrontos no Líbano, e as autoridades dizem que há dezenas de corpos soterrados nos escombros.

Apesar da pressão internacional pelo fim da violência, os trabalhos intensivos no Conselho da ONU para impor um cessar-fogo estão se mostrando complexos.

Israel já prometeu ampliar a ofensiva militar se não aparecer uma solução diplomática logo.

O Líbano rejeitou a proposta de resolução patrocinada por Estados Unidos e França, e enviados árabes tentavam pressionar na ONU para a colocação de uma emenda no texto que exija uma retirada rápida de Israel do sul do Líbano, para que o Exército libanês possa ocupar a região e tomá-la das mãos do Hizbollah.

O governo do Líbano, que possui dois ministros do Hizbollah, propôs enviar 15.000 soldados ao sul do país se Israel se retirar. O plano foi bem recebido pela França.

"Ele demonstra o desejo de todos os partidos do Líbano em permitir que o governo libanês exerça sua soberania sobre toda a extensão de seu território", disse o ministro das Relações Exteriores da França, Philippe Douste-Blazy.


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