Os representantes de instituições de ensino e entidades ligadas à Educação que integram o Grupo de Enfrentamento à Violência das Escolas apresentaram nesta terça-feira (01/12) um balanço das atividades do ano e traçaram as metas de atuação para 2010.

Segundo o coordenador do grupo, deputado Junior Mochi (PMDB), uma das sugestões apresentadas durante as reuniões do grupo, e que será executada, é a realização de um diagnóstico da violência no ambiente escolar.

Mochi, que também é membro da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, explicou que, no início do ano letivo, será aplicado um questionário em três escolas de cada município de Mato Grosso do Sul, sendo dois estabelecimentos da rede pública (estadual e municipal) e um da rede particular.

Responderão às perguntas alunos de sexto, sétimo e oitavo anos, além dos de primeiro, segundo e terceiro anos do Ensino Médio, professores e pais. "A intenção é envolver todos que fazem parte do ambiente escolar, para que tenhamos as informações mais precisas possíveis", disse o deputado.

Os dados serão compilados em um inventário, para que possam ser utilizados na formulação de políticas públicas de combate à violência ou mesmo na elaboração de novas leis.

Anteprojeto

Os membros do grupo de trabalho debateram hoje, durante a última reunião do ano, a metodologia da pesquisa, definida em um anteprojeto. De acordo com a proposta, a ser apresentada à Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), o levantamento custará R$ 32 mil e será iniciado em março, com previsão de conclusão até o fim do primeiro semestre. "Esse valor inclui o pagamento do coordenador da pesquisa e dos bolsistas, que trabalharão no levantamento, e custeará as despesas com viagens, entre outros custos", informou Mochi.

As informações serão coletadas por meio de questionários. Posteriormente, os dados serão analisados e formarão um inventário. "Serão feitas 14 reuniões, em sete regiões do Estado, para divulgar os dados", informou o deputado.

Também será desenvolvido um site com a metodologia e outras informações sobre a pesquisa.

Motivação

O coordenador do projeto Escola de Conselhos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Ângelo Motti, que integra o grupo de trabalho, enfatizou que alunos, professores e pais devem se sentir motivados à responder aos questionamentos.

"Precisamos que haja comprometimento, para que tenhamos dados muito próximos da realidade", disse. Para tanto, serão realizadas oficinas de orientação sobre a pesquisa nas instituições de ensino.

Nova reunião

Os representantes das 18 entidades que integram o Grupo de Enfrentamento à Violência das Escolas voltarão a se reunir em 22 de fevereiro, no plenarinho Nelio Câmara, na Assembleia Legislativa. Será o primeiro encontro de 2010.