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Grupo Energisa assume a Enersul

Henrique Xavier, assessoria - 14 de abril de 2014 - 15:04

A Energisa assumiu em 11/04 o controle do Grupo Rede e, indiretamente, da Enersul e de outras sete distribuidoras do Rede Energia que estavam, desde setembro de 2012, sob intervenção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A transferência do controle e aprovação de um plano de recuperação das concessionárias eram condições para o encerramento da intervenção pela agência reguladora. Com a aquisição, a Energisa passa a atender 6 milhões de clientes - ou uma população de 15 milhões de pessoas – em 788 municípios de nove estados, em todas as regiões do país. No Mato Grosso do Sul, são 912 mil consumidores em 74 municípios.

'As cinco distribuidoras do Grupo – Energisa Paraíba, Energisa Borborema, Energisa Sergipe, Energisa Minas Gerais e Energisa Nova Friburgo –, que atendem 2,5 milhões de consumidores, somam-se as concessões no Mato Grosso do Sul (Enersul), Mato Grosso (Cemat), Tocantins (Celtins), São Paulo (Caiuá, Bragantina, Nacional e Vale Paranaparema) e Paraná (Força e Luz do Oeste). A operação consolida a Energisa, a mais antiga companhia do setor no País, com 109 anos, como a sexta em número de clientes e a sétima do setor elétrico em receita líquida– que passará de R$ 2,9 bilhões para R$ 8,4 bilhões . A empresa irá contar, no total, com 10 mil funcionários diretos.

O novo diretor-presidente da Enersul, Marcelo Silveira da Rocha, 73 anos, que assume o comando da empresa em substituição ao interventor determinado pela Aneel, Jerson Kelman, conta que as prioridades serão a retomada da sustentabilidade da concessão e da normalidade dos serviços. “Esses pilares estarão presentes na implantação do plano de recuperação para a empresa. Temos como foco a excelência nos serviços e no relacionamento com clientes. É esse histórico de solidez e compromisso que traremos para a Enersul”, afirma.

Entre 2014 e 2017, a Energisa irá investir no estado aproximadamente R$ 740 milhões, contribuindo de forma significativa para o desenvolvimento regional. Do total, 25% serão aplicados na ampliação do sistema de alta tensão e construção de novas subestações; 29% na ampliação e reforço do sistema de média e baixa tensão; 15% na modernização do sistema; 16% para a ligação de novas unidades consumidoras; 10% para o combate a perdas não técnicas (furto de energia); e o restante em infraestrutura e melhorias gerais nas condições de operação da empresa.

“Nosso objetivo é melhorar ainda mais a qualidade dos serviços prestados no Estado e atender plenamente ao contrato de concessão e ao plano de recuperação firmado com a Aneel. Para isso, precisaremos devolver à Enersul a condição de rentabilidade e equilíbrio financeiro para que possa continuar investindo”, explica o executivo.

Ele lembra que a rotina do consumidor permanecerá a mesma. “Nada mudará em termos de pagamento de conta, serviços de agência e atendimento por meio do call center. O que podemos assegurar é que pretendemos melhorar a qualidade dos serviços prestados e temos muitos planos que serão colocados em prática imediatamente”, finaliza.

Novo comando
O novo diretor-presidente da Enersul, Marcelo Silveira da Rocha, é graduado em Engenharia Agronômica. Há 47 anos no Grupo Energisa, já dirigiu as distribuidoras de Minas Gerais, Paraíba, Borborema e Sergipe. Também integrou o Conselho de Administração do Operador Nacional do Sistema (ONS) e a Associação Comercial de Sergipe.

Entenda o processo
O processo de aquisição teve seu desfecho em julho de 2013, quando a Energisa conseguiu que sua proposta fosse submetida à votação em Assembleia de Credores do Rede. Aprovado pelos credores, o Plano de Recuperação Judicial foi homologado em setembro pela 2ª Vara de Falências de São Paulo, responsável pelo processo. Em outubro, a venda do controle acionário foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em dezembro, a Aneel aprovou o Plano de Recuperação e Correção de Falhas e Transgressões para o Rede, entregue pela Energisa em outubro. Em janeiro, a agência reguladora deu anuência para a transferência de controle, a última etapa antes da conclusão do negócio.

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