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Greve promete parar agências bancárias em todo o Brasil

Humberto Marques/Campo Grande News - 06 de outubro de 2005 - 08:26

Será deflagrada hoje, em diversas regiões do Brasil, a greve nacional dos bancários. As assembléias realizadas na noite de ontem nos sindicatos regionais da categoria apontaram, até as 22h30, a adesão ao movimento em 20 capitais – incluindo Campo Grande. Em quatro outras grandes cidades, está mantido o estado de greve, que reavaliará a participação no movimento. “Infelizmente, é esta a linguagem que os banqueiros entendem: de greve e protestos. Esperamos que eles entendam o recado e apresentem uma proposta digna, que corresponda ao vigor do sistema financeiro”, declarou Vagner Freitas, presidente da CNB (Confederação Nacional dos Bancários). “Enquanto a federação patronal não entrar com seriedade nas negociações e apresentar uma proposta que contemple, os trabalhadores continuarão em greve”, emendou o sindicalista.

A greve é motivada pela frustração dos trabalhadores com as negociações pertinentes à Campanha Nacional Unificada, que discutiu o percentual de reajuste e outras benesses para os trabalhadores. Enquanto os bancários pediram um aumento de 11,77%, a entidade patronal (Fenaban, a Federação Nacional dosBancos) ofereceu 4%, que, segundo Freitas, não repõe a inflação no período compreendido entre setembro de 2004 e agosto de 2005. “A Fenaban foi informada formalmente da recusa da proposta no dia 23 de setembro, e de lá para cá, trancou-se em copas. Agora, o presidente da Fedaração patronal vem a público dizer que os bancários não deram resposta e nem estão mobilizados para a greve, desconhecendo a verdade dos fatos. As assembléias de hoje [ontem] deram a resposta”, afirmou Carlos Cordeiro, secretário-geral da CNB.

Dentre os sindicatos presentes em Mato Grosso do Sul, a entidade de Dourados deliberou, com cerca de 250 associados, que não participará da greve. Já em Campo Grande, assembléia realizada ontem confirmou a participação do Sindicato dos Bancários de Campo Grande/MS e Região no movimento. O presidente da entidade, José Clementino Aparecido Pereira, informou que a adesão foi maciça, mas não é possível prever se trabalhadores de todos os bancos irão aderir, uma vez que quatro instituições financeiras – Bradesco, Itaú, Real e HSBC – conseguiram liminares que impedem a realização de piquetes na entrada das agências, para que funcionários que desejem trabalhar e clientes não sejam prejudicados por tumultos.

Em Cassilândia, as agências bancárias funcionarão normalmente.

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