Aeroviários (atendentes e pessoal de operações) e aeronautas (pilotos e comissários) iniciam nesta quarta, a partir das 6h, uma paralisação em 12 aeroportos brasileiros, entre eles Congonhas (na Zona Sul da capital), Cumbica (Guarulhos) e Viracopos (Campinas), em São Paulo. A greve foi programada para durar duas horas e deve prejudicar, segundo os sindicatos da categoria, cerca de 200 voos.

Os profissionais reivindicam reajuste de 11% nos salários, retroativos a dezembro. As empresas ofereceram aumentos parcelados por faixas salariais, sem retroatividade.

O TST (Tribunal Superior do Trabalho) determinou, no fim da tarde desta terça, que as duas categorias mantenham 80% do efetivo durante a greve.

“A paralisação foi toda pensada procurando respeitar esse percentual de atendimento para não prejudicar os usuários”, ressaltou o vice-presidente do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), Rodrigo Spader.

Nos aeroportos do Rio de Janeiro, (Santos Dumont e Galeão), Brasília, Porto Alegre, Recife, Fortaleza, Florianópolis, Curitiba e Salvador também haverá piquetes.

Ainda pela manhã, os trabalhadores farão uma assembleia para definir a continuidade ou não do movimento.

O SNEA (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) respondeu, em nota, que “o setor reconhece e respeita o direito de manifestação, mas lamenta o caminho escolhido em prejuízo aos passageiros”. A entidade ressaltou também que os empresários estarão mobilizados para minimizar os eventuais transtornos. A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) recomenda aos passageiros com viagens no horário da greve entrarem em contato com a companhia aérea para checar a situação do voo. A relação das empresas está no site www.abear.com.br.