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Geral

Greve na polícia federal tem 70% de adesão

Agência Brasil - 11 de março de 2004 - 15:05

A greve geral da Polícia Federal entrou em seu terceiro dia contabilizando 70% de adesão da categoria em todo o país. Esse percentual divulgado pelo comando grevista em Brasília é confirmado pela Divisão de Comunicação Social da PF. O último estado a se engajar à paralisação foi Minas Gerais onde, em assembléia, os policiais decidiram também cruzar os braços a partir de hoje. Com isso, são cerca de 7 mil policiais sem trabalhar, comprometendo os serviços nos aeroportos internacionais, portos e fronteiras, além da segurança de autoridades.

A greve foi deflagrada porque os agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais) da PF querem um reajuste salarial de 85%, o que equipara seus salários aos de delegados e peritos, ambos de nível superior. Com esse percentual de reajuste, os salários desses profissionais passariam dos atuais R$ 4.199,77 para R$ 7.788,31. A Lei 9.266, de 15 de março de 1996, determina que as funções de policiais federais passem de nível médio para nível superior.

Uma reunião entre o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal, Fernando Honorato, e o superintendente da Policia Federal, Euclídes Rodrigues da Silva Filho, marcou o início do terceiro dia de greve da categoria em Brasília. A reunião serviu para que o comando da greve dos policiais pedisse ao superintendente que não deslocasse os policiais postos à disposição de serviços essenciais para qualquer outro trabalho. Segundo Honorato, houve uma concordância por parte do superintendente para essa reivindicação.

Sobre a flexibilização do governo para uma possível negociação, Honorato disse que o Ministério do Planejamento mandou para e-mail a todos os policiais grevistas no Brasil pedindo que eles pressionem as lideranças sindicais a retornarem à mesa de negociação com o governo. “Nós não fomos convidados para essa negociação e esperamos um aceno por parte do governo”, afirmou.

O comando da greve também esteve ontem com o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, para pedir a interferência do Congresso junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no sentido de informá-lo de que há um descumprimento da Lei 9.266, de 1996, elaborada pelo Congresso Nacional e sancionada pela Presidência da República. Segundo Honorato, o presidente da Câmara ficou de transmitir ainda hoje ao presidente Lula essa preocupação do movimento grevista.

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