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Greve da Educação atinge 90% das escolas em MS
Pelo menos 85% das escolas da rede pública em Campo Grande estão com os portões fechados, nesta quinta-feira (15), segundo dia da paralisação nacional dos professores, de acordo com a perspectiva da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul).
Para a entidade, o movimento fechou praticamente 100% das escolas estaduais da Capital. Entre as municipais, pouco mais de 70% estão paralisadas.
Com portões fechados, a escola estadual Lúcia Martins Coelho praticamente não tinha movimentação pouco antes das 7 horas, horário em que os alunos chegam para assistir aulas. Tanto é que funcionários aproveitaram para adiantar a limpeza que seria feita no sábado.
Na escola estadual Severino de Queiroz, na Vila Célia, o marasmo também impera na manhã desta quinta-feira. A vendedora Vera Lúcia Ramos Barreto, 57 anos, trabalha na frente do colégio e disse que o movimento está fraco lá desde ontem.
Desde a hora que estou aqui hoje, não vi ninguém. Ontem, ainda tinha gente, relatou a vendedora.
Em todo o estado, a expectativa da Fetems é de que mais de 90% das escolas da rede pública paralisaram as atividades nesta quinta-feira.
Atividades - Mais de 10 mil trabalhadores em educação de todo o Mato Grosso do Sul devem tomar as ruas de Campo Grande, nesta quinta-feira, na luta por melhorias na educação pública brasileira. A passeata organizada pela Fetems sai ainda nesta manhã da praça do Rádio Clube, na Afonso Pena.
Logo após a passeata pelas ruas do centro da Capital, os trabalhadores em educação seguirão em carreata até a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) para entregar uma carta com reivindicações. Entre elas, a solicitação para que os prefeitos cumpram a Lei do Piso Salarial Nacional em seus municípios.
Às 15h30 haverá solenidade de reconhecendo do trabalho de 15 prefeitos que cumprem na íntegra o piso nacional e concedem 1/3 de hora-atividade para planejamento de aulas. O piso para início de carreira de professores com ensino médio é de R$ 1.451 por 40h semanais.
A mobilização nacional termina na sexta-feira (16), com debates simultâneos nos municípios sobre as 20 metas do Plano Nacional de Educação.