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Greve da Caixa e do BB será mediada pela justiça

Andréia Araujo/ABr - 12 de outubro de 2004 - 09:18

Membros da Confederação Nacional dos Trabalhadores das Empresas de Crédiro (Contec) entraram com um pedido de díssidio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), representando os servidores do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Segundo o presidente da Contec, Lourenço Prado, essa decisão não foi unânime, mas representou a maioria dos bancários do país. "A maioria das assembléias decidiram pelo dissídio, como o Rio de Janeiro, Maranhão e Brasília. Outras foram contra, como São Paulo", disse.

Mesmo assim, Prado explicou que a decisão vai valer para todo o Brasil. "Tudo o que for decidido no díssidio vai valer para todos, por isso acredito que representamos todos os bacários do Brasil". Na próxima quarta-feira (13), bancários sentarão à mesa para negociar com representantes do Banco do Brasil e da Caixa. O mediador será o presidente do TST, ministro Vantuil Abdala.

A greve, que completou 27 dias nesta segunda-feira, pode ser resolvida em duas audiências. A primeira acontececrá às 15 horas e tratará da paralisação do Banco do Brasil. A segunda, às 16 horas, buscará alternativas para o fim da greve na Caixa.

O presidente em exercício do TST, Luciano de Castilho, explicou que, se não houver uma solução entre as partes nas audiências formais de conciliação, será sorteado um dos ministros integrantes da Seção de Dissídios Coletivos (SDC) para a relatoria dos dois processos. Em seguida, o tema será objeto de parecer do Ministério Público do Trabalho (MPT). Após essa etapa, a questão segue para julgamento da SDC.

Os bancários, que inicialmente estavam reivindicando 25% de reajuste salarial, chegaram a apresentar à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) uma nova proposta de 19% de reajuste com R$ 1.500 de abono. A Federação e os bancos oficiais rejeitaram o pedido e mantiveram os reajustes que variam de 8,5% a 12,67% e mais uma cesta alimentação no valor de R$ 217,00.

No dissídio, a Contec pede aumento salarial de 25%, reposição das perdas salariais acumuladas entre setembro de 1994 e agosto de 2004 e participação nos lucros e resultados. Em São Paulo, a assembléia dos bancários decidiu pela manutenção da greve, pela tentativa de fortalecer o movimento nos bancos privados e pela oposição ao dissídio. Na opinião do presidente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB), Vagner Freitas, o ajuizamento “é um retrocesso e vai enfraquecer a luta dos trabalhadores com o fracionamento da categoria”.

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