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Geral

Grávidas do Mato Grosso do Sul ainda estão desprotegidas contra a gripe H1N1

Agencia Saúde - 14 de abril de 2010 - 17:54

Balanço aponta que pouco mais de 43% dessa população procurou os postos de vacinação desde o dia 22 de março. Uma em cada três mortes neste ano está relacionada às gestantes



O Ministério da Saúde reforça o alerta para que as gestantes do Mato Grosso do Sul se vacinem. Até as 15h desta quarta-feira, apenas 43,2% delas haviam se vacinado contra a gripe H1N1 no estado. A preocupação do governo se deve ao fato de elas estarem entre osgrupos mais vulneráveis à doença. Dos índices relacionados à nova gripe neste ano, as gestantes representam uma em cada três mortes da nova gripe. No Mato Grosso do Sul, 287.457 pessoas foram vacinadas. Até o dia 23, os postos receberão as gestantes, doentes crônicos, crianças de 6 meses a menos de 2 anos e jovens de 20 a 29 anos.

“O comparecimento das gestantes ao posto de vacinação é fundamental para a proteção dessa população. A doença tem demonstrado grande agressividade sobre as grávidas. A melhor forma de prevenção é tomar a vacina”, afirma o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Ele ressalta que a vacina é segura, afinal mais de 300 milhões de pessoas receberam a imunização em todo o mundo sem relatos de efeitos adversos graves. Só no Brasil, mais de 22 milhões de doses foram aplicadas sem registro confirmado de reações fortes à vacina.

Além das gestantes, o segundo grupo que precisa de reforço é o de doentes crônicos. Do total estimado para o Mato Grosso do Sul, 37,6% procuraram os postos de vacinação.

O grupo que mais se vacinou no Mato Grosso do Sul foi o de trabalhadores de serviços de saúde (cobertura de 86,3%) envolvidos no atendimento a pacientes com sintomas de gripe, demonstrando a confiança na campanha de vacinação. O estado praticamente atingiu a meta de vacinar pelo menos 80% dos indígenas. Entre as crianças de 6 meses a menores de 2 anos, a cobertura é de 68,2%. A etapa de jovens de 20 a 29 anos teve início há apenas uma semana e obteve, até o momento, o índice de 20,3% dessa população vacinada.

Preocupa a possibilidade de muitas pessoas deixarem para a última hora. Isso porque a vacina garante imunidade somente 15 dias depois de aplicada, e deve ser tomada antes do período de maior transmissão da doença, que se inicia em maio. “A estratégia de vacinação tem o objetivo de dar proteção antes do período em que aumenta o número de casos de doenças respiratórias. Ou seja, para ter certeza de que não serão atingidas pela gripe H1N1, as grávidas devem procurar agora os postos de vacinação”, disse o ministro.

Em 2010, foram registrados 361 casos graves da gripe H1N1, até o dia 3 de abril. Desse total, um em cada cinco casos está relacionado às gestantes. A região Norte concentra o maior número de notificações, somando 203 casos. Em relação às mortes, um total de 50, as mulheres correspondem a 76% do total e as gestantes 32%. No ano passado, os 2.051 óbitos registrados, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas. Entre as grávidas (189 morreram, ao todo), a mortalidade foi 50% maior que na população geral. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% dos óbitos (416, no total). E as crianças menores de dois anos tiveram a maior taxa de incidência da doença no ano passado (154 casos por 100 mil habitantes).

Ao todo, o Ministério da Saúde adquiriu 113 milhões de doses para vacinar 91 milhões de pessoas contra gripe H1N1. A meta é imunizar pelo menos 80% desse público-alvo. Os grupos prioritários são aqueles que têm o maior risco de desenvolver formas graves da doença e de morrer. Eles foram definidos pelo Ministério da Saúde em consenso com sociedades científicas, entidades de classe e representantes de estados e municípios. Serão vacinados trabalhadores de serviços de saúde, indígenas, gestantes, pessoas com doenças crônicas, crianças de seis meses a menos de dois anos e adultos de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos.

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