Brasília - A reunião do Grupo de Acompanhamento da Crise (GAC) terminou há pouco, no Ministério da Fazenda, sem que qualquer decisão tenha sido tomada, a não ser a disposição manifestada pelo ministro Guido Mantega de anunciar no próximo dia 23 importantes cortes nos gastos de custeio do governo, segundo informou Paulo Roberto Godoy, presidente da Associação Brasileira de Infra-Estrutura (Abdib), o primeiro a sair da reunião. De acordo com Godoy, o ministro não especificou os cortes e nem seus valores.


O presidente da Abdib disse que as discussões do GAC giraram em torno da necessidade de créditos para financiar setores da indústria e do comércio, com críticas, principalmente, aos altos custos dos créditos, quando eles existem.

Godoy disse que o governo vai estudar a possibilidade de ampliar as linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para pequenas e médias empresas. “Não tem nenhuma novidade, a não ser a disposição do governo de trabalhar ativamente com a questão do crédito”, disse.

O presidente da Abdib afirmou que algumas empresas sofrem mais que outras, mas tem setores que “já estão se estabilizando em termos econômicos, só que em patamares menores do que antes das crise financeira”, que se deteriorou a partir de meados de setembro do ano passado.

O GAC é formado por integrantes da equipe econômica do governo e por empresários de diversos setores da economia nacional.