Em reunião ocorrida ontem entre representantes dos produtores de leite e do governo do Estado, o superintendente de Administração Tributária, Gladiston Amorim, apresentou uma sinalização bastante positiva da SERC (Secretaria de Estado de Receita e Controle) para redução da pauta – valor de base para cobrança do ICMS – incidente sobre o leite. Hoje o valor de base é de R$ 0,65 por litro, mas produtores comercializam por R$ 0,23. A sugestão do setor produtivo, segundo a coordenadora da Câmara Setorial do Leite, Adriana Mascarenhas, é de que o valor seja ajustado a R$ 0,30 por litro.
No caso da mussarela a sugestão é de que R$ 6,00 a pauta seja revista para R$ 4,00. A redução da pauta e da carga tributária, segundo Adriana, não resolve os problemas enfrentados pela cadeia do leite, mas ameniza. Com uma carga menor, os produtos do Estado ficam mais competitivos e podem ser comercializados fora de Mato Grosso do Sul, onde há um excedente de oferta, que derruba os preços.
Outro pedido, feito na manhã desta sexta-feira ao superintendente federal de Agricultura, José Antônio Felício e diretor da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), João Cavalléro, foi de intermediação das relações com São Paulo e Paraná para que o leite possa ser aceito nas transações diretas entre os produtores e as indústrias que captam o produtos. Isso porque, é esperada para segunda-feira medida do governo paulista determinando que o leite seja enviado de indústria com SIF (Serviço de Inspeção Federal) para outra com SIF. A idéia é que a Iagro possa emitir uma guia que permita a comercialização direta, evitando uma intermediação onde produtores acabem perdendo ainda mais na remuneração.