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Governo realiza III Conferência Nacional de Saúde

Agência Saude - 28 de julho de 2004 - 08:27

O Ministério da Saúde promove, de 29 de julho a 1º de agosto, em Brasília-DF, a III Conferência Nacional de Saúde Bucal. Serão mais de 1.500 participantes, entre professores e estudantes universitários da área, além de usuários e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS). O evento é resultado de um processo iniciado em março e que terminou no mês passado. Nesse período, foram realizadas conferências em todos os estados e em 2.542 municípios, reunindo mais de 90 mil pessoas.

A III Conferência será dividida em quatro temas, considerados os principais pontos de discussão do setor atualmente: 1) Educação e construção da cidadania; 2) Controle social e gestão participativa; 3) Formação e trabalho; e 4) Financiamento e organização da atenção em saúde bucal.

Depois de mais de dez anos do último encontro do tipo, realizado em 1993, a III Conferência terá como foco principal o enquadramento da atenção em saúde bucal em duas das principais diretrizes do SUS: a universalidade e a integralidade. “Somente com acesso amplo a serviços odontológicos de qualidade é que o Brasil poderá reverter os atuais indicadores do setor”, avalia o coordenador nacional de Saúde Bucal, Gilberto Pucca.

Hoje, o país tem 8 milhões de pessoas sem nenhum dente na boca. Outros 30 milhões nunca foram ao dentista. E cerca de 40% da população não têm acesso regular a escova e creme dental – uma dupla que consegue reduzir quase que totalmente a incidência de cárie quando usada com freqüência.

As informações são da pesquisa Saúde Bucal – Brasil*, concluída em janeiro de 2004. O estudo, que é o mais completo levantamento epidemiológico da saúde bucal do brasileiro já realizado, avaliou as condições da boca de mais de 108 mil brasileiros, nas cinco regiões. “Esses dados epidemiológicos da área odontológica reforçam, também, a forte exclusão social entre as regiões do país. A discussão do tema num evento dessa importância demonstra o compromisso do governo federal em mudar a realidade atual”, diz Gilberto Pucca.

Maior acesso – Uma das estratégias do Ministério da Saúde para melhorar o acesso da população aos serviços de saúde bucal foi o fortalecimento do setor na atenção básica. Nos últimos 18 meses, o número de equipes de saúde bucal implantadas no Programa Saúde da Família (PSF) cresceu quase 84%. Em dezembro de 2002, eram 4.320 em todo o país. No mês passado, elas já chegavam a 7.831. Em um ano e meio, a população acompanhada pelas equipes passou de 26,53 milhões para 42,10 milhões de brasileiros.

Nesse mesmo período, houve avanços também no custeio da atenção em saúde bucal. Desde janeiro do ano passado, acumula-se um reajuste de 65% no valor dos incentivos para as equipes de saúde bucal do PSF. Em valores globais, foram investidos R$ 84 milhões nessas equipes em 2003 – 49,4% a mais em comparação com o ano anterior. Somente no primeiro semestre de 2004, o valor repassado foi de aproximadamente R$ 70 milhões.





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