Desde 2004, governos estaduais e algumas prefeituras municipais receberam uma ficha na qual deveriam informar o número e o estado das barragens e açudes de cada região. Segundo o Ministério da Integração Nacional, até agora, foram devolvidas ao ministério apenas 300 das cerca de 5 mil fichas.

"A demora prejudica a captação de recursos e o planejamento das ações, tanto de prevenção de acidentes, quanto de reformas", avalia o diretor de Projetos e Obras Hídricas do ministério, Rogério Menescal. "Os estados e cidades que se dispõe a trabalhar em parceria têm recebido do ministério manuais e oficinas de treinamento para as coordenadorias de defesa civil".

O Brasil possui cerca de mil grandes barragens, segundo levantamento do ministério. Já o número de pequenas e médias unidades não é conhecido. Só no Ceará, as estimativas chegam a 20 mil. O estado é um dos que mais investe no sistema de açudes e barragens para aproveitamento do potencial hídrico.

Parte dos investimentos é pública, parte é privada. As empresas que constroem açudes e barragens já são obrigadas, por lei, a informar a situação das obras ao governo federal. As unidades privadas abandonadas devem ser identificadas pelas administrações públicas locais.