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Governo quer prosseguir com "PPPs da comunicação

Spensy Pimentel / ABr - 17 de dezembro de 2004 - 15:59

A campanha O melhor do Brasil é o Brasileiro, resultado de ação do governo federal juntamente com a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), é considerada um exemplo bem sucedido de "Parceria Público-Privada da comunicação", como afirmou durante encontro hoje (17) pela manhã com jornalistas o ministro da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica, Luiz Gushiken.

A campanha, com o objetivo de promover a "auto-estima do brasileiro", foi lançada em julho e já tem, segundo levantamento da Secom, mais de uma centena de parceiros, entre empresas privadas e públicas, associações da sociedade civil, etc.

Entre as empresas que aderiram à campanha, estão Credicard, Cia. Athletica, Pão de Açúcar, Ambev, Bradesco e os Correios – elas incoporaram a mensagem O Melhor do Brasil é o Brasileiro a seus próprios comerciais. Segundo Gushiken, o valor de mercado da campanha, se as adesões não fossem voluntárias e a exibição gratuita, seria de pelo menos R$ 50 milhões. Os veículos de comunicação de todo o país têm veiculado gratuitamente as peças produzidas pela ABA.

O déficit na auto-estima do brasileiro foi identificado pela associação a partir de pesquisas internacionais conduzidas pelo Instituto Latinobarometro, além de um levantamento feito em 2002 pelo Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

O ministro explicou que a lógica da parceria é a do "ganha-ganha". "O custo de mídia é muito alto, por isso é preciso encontrar parceiros. Promovemos um sistema em que todos ganham. No setor privado, isso é muito comum. Identifica-se um tema e os protagonistas, busca-se no mercado quem pode contribuir".

Para Gushiken, uma campanha sobre "auto-estima" só pode ter resultados efetivos medidos em longo prazo. Apesar disso, ele afirma que algumas agências de publicidade já têm relatado que em grupos de discussão para pesquisa de mercado já há "notável diferença na questão da auto-estima em relação à brasilidade".

"Empresa privada não entra numa campanha como essa se não houver retorno. O sucesso da campanha é uma prova de que a brasilidade contém valor", analisa o ministro. Para ele, a idéia de Brasil "contém valor agregado". "Se se souber trabalhar o que o país tem, o produto fica melhor".

Para o ministro, entre os novos temas para esse tipo de parceria estão "hábitos saudáveis" e "segurança no trânsito". Ele afirmou que deve fazer ainda em janeiro uma reunião com empresas de seguro para verificar a viabilidade dessa idéia. Gushiken revelou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lhe pediu que analisasse a possibilidade de realizar esforço semelhante com relação à valorização da família. "É uma base social e deve ser pensada como tal. Podemos pensar que o Brasil são 50 milhões de famílias, por exemplo". O ministro disse ainda que a importância do tema vem sendo discutida internacionalmente, inclusive pelas Nações Unidas, com assessoria do economista indiano ganhador do Prêmio Nobel Amartya Sen.

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