Geral
Governo não vai socorrer a Cassems, garante Franco
O governo não vai socorrer a Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul), disse há pouco o secretário estadual de Gestão Pública, Ronaldo Franco.
Assunto já discutido inclusive com o governador Zeca do PT, Franco diz que o aumento da participação do governo do Estado nos repasses à Cassems, como querem setores do funcionalismo público, está descartado. Atualmente, o Executivo paga 3% sobre a folha de pagamento dos servidores à Cassems, mensalmente, o que significa R$ 1,5 milhão.
Franco lembra que a Cassems é dirigida por representantes dos servidores e, quando foi criada, o governo estadual assumiu R$ 28 milhões em dívidas do então Previsul (o estatal plano de saúde do funcionalismo), entregando até o prédio para que o novo formato, sob gerência dos funcionários.
Se a pauta for discutir o aumento da participação financeira do governo do Estado à Cassems, é chamar dois milhões de pessoas para pagar mais pelo plano de saúde dos servidores, analisa Franco.
Desta forma, verbas públicas deixariam de ser aplicadas em outros setores. O governo não vê razão nenhuma para aumentar o valor do repasse, pontuou o secretário, dizendo que a criação da Cassems foi feita com garantias de receita.
Franco diz ainda que o governo está em uma fase de contenção de gastos e a economia do poder público não passa por aumento de impostos, por exemplo, que penalizaria a população.
O momento na Cassems é para uma profunda reflexão em relação ao modelo de gestão adotado, analisa o secretário. Franco não põe em xeque a credibilidade da diretoria do plano de saúde, mas aponta, por exemplo, que a crise na saúde abrange sistemas parecidos no âmbito particular e, por isso, deve ser estudada uma revisão do formato.
Se o governo socorre a Cassems agora, em outra ocasião os médicos fazem o mesmo tipo de pressão feita atualmente, ou seja, interrompem o atendimento, como ocorreu em algumas categorias, e novamente o sistema dependeria do socorro estatal. Esta bola de neve o governo vai evitar até a última instância, conclui Franco.