O governo federal liberou R$ 25,5 milhões para a reestruturação da atividade agropecuária na região de Mato Grosso do Sul onde no ano passado surgiram focos de febre aftosa. Os recursos vão beneficiar 405 criadores e 1.250 famílias de assentados ou agricultores familiares que sofreram prejuízos com a doença.

O Ministério da Agricultura diz que a verba já está disponível. Só para indenizações aos criadores de gado que tiveram animais sacrificados serão destinados R$ 18,4 milhões. No total, foram abatidos 33.819 animais. Também foram empenhados R$ 2,3 milhões para o ressarcimento a outros 65 criadores.

Dos recursos liberados, R$ 4,1 milhões vão atender a agricultores familiares que vendiam leite. Mais R$ 1 milhão será dist ribuído aos produtores de hortaliças e frutas, principalmente melancia, melão e abóbora, que não puderam vender a produção porque tinham plantações localizadas na área de isolamento.

Para o Instituto de Defesa Sanitária de Mato Grosso do Sul foram destinados R$ 2 milhões para emprego no sistema informatizado de controle do trânsito de animais e produtos vegetais. Além disso, as famílias de pequenos agricultores prejudicadas com o aparecimento de febre aftosa na região vão continuar recebendo cestas básicas até o mês de abril.

Mais prazo e mais crédito

Os produtores dos municípios de Iguatemi, Itaquiraí, Japorã, Eldorado e Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul, que têm dívidas com o Banco do Brasil desde 10 de outubro do ano passado e que vencem até 30 de março de 2008, vão poder renegociar com a instituição, que fará análise dos problemas caso a caso. Foi nessa área que se concentraram os focos de aftosa descobertos no ano passado.

O encarregado pelo governo federal de acompanhar a situação no estado, Luís Gomes, informa que os Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário vão firmar convênio com o Idaterra, órgão de assistência técnica do governo estadual, no valor de R$ 1 milhão para investimento nos cinco municípios. Os recursos vão ajudar os produtores a revitalizar suas lavouras. Cada família poderá receber até R$ 6 mil, com juros de 1% ao mês para pagamento em até 10 anos, com três anos de carência.