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Governo do Sri Lanka não esperava tragédia

Agência Brasil - 29 de dezembro de 2004 - 07:44

A embaixada do Sri Lanka no Brasil ainda não sabe informar quais as principais cidades do país atingidas pelo terremoto que já matou cerca de 44 mil pessoas na Ásia. De acordo com a tradutora da embaixada, Larisse Gonzaga, certo é que toda a região costeira do país, especificamente o sul e o sudeste, foi intensamente atingida. Até agora, o número projetado de mortos supera a marca dos dez mil. Colombo, a capital do país, foi preservada. Leia a seguir trechos da entrevista que Larisse concedeu à Rádio Nacional, na qual ela diz que o governo do Sri Lanka não esperava pela tragédia.

Agência Brasil: Você tem um balanço da situação nesse momento, no Sri Lanka?
Larisse Gonzaga: O que nós temos de informações são as veiculadas pela mídia internacional. O que temos como dados são os mesmos de ontem, onde já existem mais de 10 mil mortos em Sri Lanka e as áreas mais afetadas são o Sul e Sudeste. O que a Embaixada aqui no Brasil tem feito é encorajado a população brasileira a contribuir junto à conta bancária, para que esse fundo de ajuda ao Sri Lanka seja enviado ao governo de Colombo (capital do Sri Lanka) para que ele tome as decisões cabíveis para adquirir o material emergencial necessário.

Agência Brasil: A capital foi afetada pelo maremoto?
Larisse Gonzaga: Não. Na verdade, toda a parte costeira do Sri Lanka foi afetada, principalmente essa parte Sudeste e Sul do país.

Agência Brasil: Quais as principais cidades atingidas dessas duas regiões?
Larisse Gonzaga: Não há como informar no momento. O número de informações que temos é muito grande.

Agência Brasil: Você sabe qual é a população dessas regiões?
Larisse Gonzaga: A população total é de oito milhões de habitantes.

Agência Brasil: No país?
Larisse Gonzaga: Sim e já há um número de 10 mil mortos no país.

Agência Brasil: O país tem algum sistema de alerta, um instituto que possa prevenir esse tipo de desastre?
Larisse Gonzaga: Não, de acordo com a presidente, o país já tem um programa de alerta em relação a inundações que acontecem normalmente, porém o país não está preparado para tal desastre, então os grupos locais têm feito trabalhos ostensivos de busca e ajuda. Porém, alguns países como Austrália, Japão, China, Rússia e França têm enviado ajuda médica e de suprimentos.

Agência Brasil: E a presidente do Sri Lanka, ela fez algum pronunciamento, explicando as razões pelas quais esse programa não funcionou nesse caso?
Larisse Gonzaga: Não. Na verdade o que ela colocou foi o que todos nós sabemos: que o programa não funcionou, porque o programa não era voltado para um desastre de tal escala. Esperava-se, por ser um país costeiro que acontecesse o que acontece todo ano, isto é, esperava-se inundações, mas ninguém esperava um desastre de tal escala.

Agência Brasil: E quais as primeiras ajudas emergenciais que o país já recebeu?
Larisse Gonzaga: O país já recebeu equipes de alguns outros países, suprimentos, o que eles estão pedindo emergencialmente são roupas, alimentação, mas aqueles pacotes emergenciais de comidas que não precisam ser preparadas, porque a maior preocupação do governo é a questão da poluição da água. Junto com a inundação foram destruídos os pólos de tratamentos de água, então a maior preocupação são as doenças transmitidas pela água. Não existe água potável de forma satisfatória para as cidades afetadas, então, entre os itens que têm sido requisitados esta um item importante que é o tablete de purificação de água.

Agência Brasil: O Sri Lanka não estava próximo ao epicentro do terremoto como Sumatra, mas há previsão de tremores nessa região?
Larisse Gonzaga: Ontem foram medidos alguns outros tremores, por isso que o governo local pediu para todas as populações costeiras que voltaram para resgatar alguma coisa que sobrou do desastre, que se afastassem, porque ainda existe o risco de tremores futuros.

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