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Governo desandou depois do Caso Waldomiro, diz Delcídio

Fabiana Silvestre / Campo Grande News - 02 de julho de 2005 - 09:30

O presidente da CPMI dos Correios e líder do PT no Senado, Delcídio do Amaral, afirmou neste sábado que o partido e o Governo Lula estão amargando as conseqüências de negligenciar denúncias formuladas desde o início da gestão petista. “Estava analisando outro dia. Desde o Caso Waldomiro [Diniz] começamos a desandar. Depois daquilo tudo piorou”, disse, referindo-se ao assessor da Casa Civil, comandada por José Dirceu, que foi flagrado negociando propina com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Para o senador, pesa a inexperiência do partido em ser governo e a mania de ‘dar de ombros’ a denúncias contra petistas, sem uma prévia análise das informações. “O governo adotou a postura de desqualificar as denúncias dizendo que era mentira. Só que as coisas foram se avolumando. Hoje, se uma das denúncias, de um leque de várias, for verdadeira, é como se todas fossem verdadeiras”, disse.

Segundo Amaral, o governo deve agir rápido e restabelecer a ofensiva na política para que as denúncias não contaminem o PT. Uma das estratégias para retomar o comando no Congresso é a aliança com o PMDB. “É nossa tábua de salvação. Hoje é imprescindível uma aliança com o PMDB para retomarmos o comando do processo político”, afirmou.

Coalizão – O líder petista criticou também a estratégia adotada pelo governo federal de buscar alianças sem abrir espaços aos parceiros. “Antes éramos criticados porque não fazíamos alianças. Agora, porque fazemos alianças. O erro, na minha avaliação, é buscar aliados mas querer manter o controle de tudo”, apontou.

Nesse quesito, Amaral elogia o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “Governo de coalizão indica que temos que dar mais espaço. No governo FHC, somava-se com os aliados e eles indicavam o cabeça na área em que dominavam. Isso é governo de coalizão. Não tem como fazer aliados e querer manter sempre o comando de tudo”, explicou o senador. Na gestão tucana, Amaral foi diretor da Petrobras.

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