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Governo confia na aprovação do novo mínimo, diz Berzoini

Ellis Regina / ABr - 30 de abril de 2004 - 13:44

O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, declarou hoje no Congresso que o governo está confiante na aprovação sem mudanças do salário mínimo de R$260,00 proposto pelo governo. Segundo o ministro, se o Congresso reajustar o mínimo terá de indicar a fonte de onde o dinheiro vai sair: “O Congresso Nacional é soberano para mudar, no entanto, ele tem que definir as fontes dos recursos e nós acreditamos que a maioria do Congresso vai aprovar a proposta do governo, porque nós temos a confiança da maioria do parlamento”, disse.

O ministro informou que pretende anunciar ainda hoje medidas para geração de empregos. “Estão em fase final de confecção na Casa Civil”, disse. Ricardo Berzoini não confirmou se o governo cumprirá a meta de, em quatro anos, dobrar o salário mínimo, mas disse que o governo tem como objetivo alcançar o máximo possível dessa meta. “Sabemos das limitações da economia nacional e principalmente do financiamento da previdência social”. Por outro lado, lembrou que o governo está empenhado para garantir aumento do salário todos os anos.

Na saída de um debate sobre desemprego na TV Câmara, Berzoini afirmou que o governo fez todos os estudos para aumentar o máximo possível o salário, e R$ 260,00 de salário mínimo com um acréscimo de 40% no salário família é o aumento real que o governo pode oferecer agora, considerando as limitações do orçamento.

O reajuste de R$ 20,00 anunciado pelo governo nesta quinta-feira repercutiu nesta manhã no Congresso. A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) chegou a dizer na tribuna do Senado que o salário mínimo de R$ 260,00 “é inaceitável” e “R$ 260,00 não dá”. Outro senador petista, Paulo Paim (RS), declarou que é possível garantir um salário de US$ 100 e que não vai votar favoravelmente à proposta do governo. Paulo Paim é o idealizador da proposta de se criar uma comissão mista de deputados e senadores para estudar recursos orçamentários que possam dar um reajuste maior ao mínimo anunciado pelo governo.

O PPS divulgou nota afirmando que “conceder um aumento real para o salário mínimo de apenas 1,21% beira a indignidade” e que não há “justificativa moral” para a decisão. Segundo o texto, o 1º de maio do governo Lula pode ser considerado um dia triste.

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