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Governo chinês desvenda plano terrorista para Olimpíadas

09 de março de 2008 - 13:10

A polícia chinesa capturou e matou supostos extremistas islâmicos que planejavam realizar atentados terroristas durante os Jogos Olímpicos de Pequim, disse uma alta autoridade do Partido Comunista Chinês (PCC). O principal representante do partido na região de Xinjiang, Wang Lequan, disse que os materiais apreendidos na ação policial de 27 de janeiro na cidade de Urumqi mostram que os conspiradores tinham o objetivo de "sabotar, especificamente, a realização das Olimpíadas de Pequim". "A meta deles era muito clara", disse Wang à imprensa.

Ele não ofereceu evidências, e informes anteriores sobre a batida policial não mencionavam os jogos. O jornal Global Times, publicado pelo PCC, havia informado que o grupo pretendia realizar atentados e "outros incidentes violentos" em 5 de fevereiro, último dia útil antes do feriado do ano-novo lunar. O jornal havia dito que a polícia tinha confiscado armas, bombas, materiais de treinamento e "material de extremismo religioso" durante a batida, na qual dois membros da quadrilha foram mortos e outros 15, presos.

As autoridades não identificaram os mortos, os presos ou os supostos alvos. Wang disse que o grupo atuava sob ordens da liderança de uma organização separatista uighur, baseada no Paquistão e no Afeganistão e chamada Movimento Islâmico do Turquestão Oriental (Etim, na sigla em inglês). O grupo é classificado como terrorista tanto pela ONU quanto pelos EUA. Turquestão Oriental é outro nome para a província de Xinjiang. Autoridades chinesas combatem há anos um movimento separatista entre a etnia uighur de Xinjiang, um povo distinto, étnica e culturalmente, da maioria han chinesa. A China diz que a principal ameaça terrorista do país vem do Etim, embora acredite-se que o grupo conte com poucas dezenas de membros.

A China atacou um campo de treinamento do Etim no ano passado, matando 18 extremistas supostamente ligados à Al-Qaeda. Especialistas em terrorismo dizem que a ameaça para os Jogos Olímpicos é baixa, por conta dos controles sociais estritos na China, mas advertem que a capacidade de Pequim em combater o terrorismo é baixa, especialmente nos setores de levantamento e análise de informações.



G1

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