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Governar é deixar marcas

Manoel Afonso - 18 de janeiro de 2015 - 08:26

Governar é deixar marcas

A MARCA Nem todos que passam pelo poder conseguem deixar suas pegadas. Como o país é novo, paira a ideia de que a boa avaliação do administrador público depende mais da capacidade de construir obras físicas do que realizar ações abstratas.


INJUSTO ATÉ, mas é assim que o brasileiro julga. Pragmático, quer asfalto, pontes, rodovias, prédios confortáveis, enfim tudo que possa ser visto e usufruído. Daí que os administradores construtores são referências em matéria de competência.


O DESAFIO que ouço sempre nas conversas políticas: excluindo as obras edificadas por Pedrossian e Puccinelli, quais seriam as restantes com a mesma importância e envergadura na capital e no Estado? Ambos se enquadram no perfil já citado.


FUTURO Nelsinho, Marcos e Fábio caminharão juntos ou cada qual cuidará de seu projeto no mesmo partido ou em siglas diferentes? Há mais suposições do que certezas levando-se em conta as possíveis alterações na lei que permitam novos partidos.


O EX-PREFEITO Nelsinho sabe da inconveniência de participar diretamente do pleito de 2016. Tem evitado falar sobre isso, mesmo porque estamos em plena fase de transição e um quadro partidário local sujeito as influências de Brasília.


O DEPUTADO Marquinhos pode deixar o PMDB; espera um novo partido que atenda as formalidades da legislação. Quer a prefeitura e nas pesquisas de consumo interno seria – hoje - o melhor nome para se contrapor a Rose Modesto.


FABIO TRAD Não vejo espaço para ele no quadro atual. Seu projeto é independente dos planos de Marquinhos. A advocacia é a melhor trincheira aguardando outra chance. Se sai, fica ou reconcilia com os dirigentes do PMDB só o tempo pode dizer.


MANDETTA Os indicativos são fortes: mergulhou no ninho tucano e se afasta estrategicamente dos seus primos e padrinhos políticos da família Trad. O deputado quer ocupar espaço na eleição da capital e também sonha com o Senado.


A PROPÓSITO Analisando o quadro percebe-se; o nível do Senado vai piorar. Tem gente incapaz de redigir um requerimento. Sorte da Simone. Aliás, o Ronaldo Caiado será grande nome da oposição, muito mais contundente do que Aécio.


SEM ILUSÕES O modelo brasileiro é incomparável: nem bem curamos a ressaca da última eleição e já temos outra chegando. Portanto, é inadmissível que um povo que tanto respira eleições não aprenda a escolher melhor seus representantes.


‘FAZ PARTE’ Antes o Diário Oficial era impresso, o universo político menor. Havia acompanhamento mais próximo das demissões e nomeações no início dos governos. Hoje é digital, nem todos se voltam para a ‘operação’ ora em andamento.


A RENOVAÇÃO de ideias é ótima, mas nem sempre ela é proporcional ao rodízio incrível no assento de muitas cadeiras de cargos de confiança. A escolha passa também pela gratidão de apoio, vínculos políticos e projetos futuros. Sabe como é...


AZAMBUJA está gostando do glamour do poder, não podia ser diferente. Quer disputar a reeleição e já cuida das eleições prefeiturais. Sabe, seu maior adversário é André e já começou a depredar sua imagem em ações e palavras na mídia.


‘PERA LÁ’...; Uma terceira via pode ganhar força, dependendo das circunstâncias e da administração de Azambuja. Lembro por exemplo que Zeca do PT tem sido muito competente politicamente antes mesmo de assumir o mandato na Câmara.


DUAS TACADAS Ao questionar a condição de ‘ficha limpa’ de Nelson Cintra para ocupar cargo no Governo e proibindo o PT de se unir ao PSDB, DEM e PPS na eleição da mesa Assembleia, Zeca mostra força, criando problemas para Reinaldo.


A PERGUNTA: André conseguirá se submergir por quanto tempo? Quem deixa o poder deve se acostumar ao anonimato, evitando polêmicas na mídia por falta de espaço compatível. Como eu sempre digo: o problema não é o poder. É depois dele!


BOLA DE CRISTAL Ninguém tem, inclusive Reinaldo. Equívocos e erros acontecem. Como medir a alma e o caráter de cada um dos escolhidos para esse ou aquele cargo? Tem gente com estampa, mas que não se coaduna com a administração pública.


É PRECISO – primeiro – se conscientizar de que o cargo é temporário, indicação de quem foi escolhido pelo povo. Portanto, precisa sim, tratar bem as pessoas, que na verdade de alguma forma colaboram com impostos que pagam seu salário.


BUROCRACIA é mais que o simples conjunto de regras no serviço público; é uma forma habitual de maquiar a arrogância, intimidando e afastando as pessoas. O Hélio Beltrão, de saudosa memória, bem que tentou, mas não acabou com essa praga.


SINAIS O deputado Geraldo Resende vira prefeito de Dourados? Controvertido, seu adversário maior é ele próprio. A nomeação de seu escudeiro Flávio Brito no Governo antecipa o apoio de Azambuja? Não garante, mas pode ser um bom começo.


DOURADOS é aquilo que já sabemos: um deserto de lideranças políticas compatíveis com o potencial da cidade e suas necessidades. Ela chegou ao patamar atual muito mais pelo mérito da iniciativa privada do que pela ação das forças políticas.


RAMÃO CABREIRA Mais um locutor que morre sonhando com o bom futebol. Seu coração não resistiu a tanto esforço para transformar desalento em alegria em nossos campos. Merece ser homenageado pelos poderes públicos. Vou cobrar!


“A gente só diz sim ou não no casamento, e às vezes erra”. ( Itamar Franco)

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