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Governador diz que mantém incentivo à JBS para evitar demissões

Mayara Bueno e Richelieu de Carlo, Campo Grande News - 06 de setembro de 2017 - 07:21

Embora a própria JBS tenha confirmado que descumpriu sua parte no acordo de obtenção de benefícios fiscais, o Governo de Mato Grosso do Sul mantém os incentivos para evitar uma "gama de desempregados".

É o que afirmou o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), nesta terça-feira, dia 5. Além das denúncias já divulgadas, a informação mais recente é de que a Procuradoria-Geral da República vai rever o acordo de delação de Joesley Batista, um dos donos da JBS e outras duas pessoas.

Conforme Azambuja, os incentivos foram concedidos para gerar emprego. No entanto, disse que "se você olhar o que eles disseram (para a CPI) é que não cumpriram os acordos através das notas fiscais".
Ele se refere à Comissão Parlamentar de Inquérito, aberta na Assembleia Legislativa de MS, que apura concessão de benefícios do governo para empresas.


Por outro lado, no entanto, o governador diz que está sendo comprovada a geração de empregos. "E no momento em que você cancelar sumariamente os incentivos, você pode gerar uma gama de desempregados e não queremos isso".
Independente da CPI, que diz ter concluído que 90% das notas fiscais da empresa estão viciadas, o Estado está fazendo sua própria apuração. "Assim que entender que houve dolo (intenção), com certeza vamos pedir ressarcimento".


A própria JBS avisou ao colegiado de investigação na Assembleia que descumpriu exigências em pelo menos três unidades da empresa em MS. Geração de emprego, além de investimentos nas próprias sedes, fazem parte do acordo.
Demissões - No fim de agosto, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores de Indústrias de Carnes de Campo Grande, Mauro Silva Gotardo, disse que contabilizou 250 demissões nas duas unidades da JBS na Capital, nos últimos 40 dias.
Já a empresa negou a informação,dizendo que em julho foram abertas vagas para contratar 523 pessoas, mas não respondeu se houve um saldo positivo (geração de empregos) neste ano.
Revisão - Rodrigo Janot, procurador da República, anunciou ontem a abertura de investigação interna para rever a delação de Joesley Batista, Ricardo Suad e Francisco de Assis Silva.
Em um diálogo gravado, a princípio sem querer, Batista e Suad teriam dito que tinham sido ajudados pelo ex-procurador Marcello Miller na elaboração da proposta de colaboração assinada com a Procuradoria.
Em abril, ele teria se afastado da Procuradoria e, posteriormente, se tornou advogado dos delatores e os indícios dão conta de que a conversa entre eles teria sido gravada em março, enquanto ainda Miller ainda era procurador.
Se o acordo for mesmo anulado, os delatores poderão ter os benefícios adquiridos com a medida anulados. No entanto, as provas obtidas até agora serão mantidas.

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