Campo Grande (MS) - O governador Zeca do PT discute amanhã em Brasília, com o ministro da Fazenda Antônio Palocci, projetos estratégicos para Mato Grosso do Sul, entre eles, a reconstituição da Trilha da Retirada da Laguna, um dos episódios da Guerra do Paraguai (1864-1870), ocorrido no Sudoeste do Estado. O projeto integra o Programa de Ações para o Desenvolvimento. A reunião com Palocci dá continuidade a uma série de contatos que o governador vem mantendo no Distrito Federal para viabilizar financeiramente a trilha, que será referência para o turismo histórico no Estado. “Vamos trabalhar para que possamos ter os recursos necessários”, afirmou Zeca.
O governador entregou, em maio, ao ministro da Cultura Gilberto Gil, o anteprojeto da trilha e do Museu Aberto da Guerra do Paraguai. Na segunda quinzena do mês passado, Zeca do PT conversou com o ministro Luiz Gushiken, da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência. Tanto Gil quanto Gushiken prometeram empenho na negociação de verbas para a trilha.
Parceria - Empossado semana passada, no auditório da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), na Capital, como presidente de honra do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul (IHG), Zeca do PT disse que os projetos estão acima das diferenças ideológicas. O governador reforçou a parceria entre o Estado e o IHG para colocar em prática o projeto da Trilha da Retirada da Laguna. O presidente do instituto, o historiador e professor Hildebrando Campestrini, reafirmou que o instituto vai continuar ajudando o governo estadual para que a trilha se torne viável.
O governador aproveitou a cerimônia de sua posse no IHG para convidar as pessoas, que lotaram o auditório da Fiems, a participarem do 4º Festival de Inverno de Bonito (Festinbonito), que acontece de 12 a 19 deste mês. O governador também destacou o Trem do Pantanal, como um projeto cultural e turístico importante para Mato Grosso do Sul. Numa reunião entre Zeca, o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Keiji Kanashiro, o presidente da Novoeste, Nelson Bastos, e o superintendente da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Hilário Pereira, ficou acertado que será apresentada proposta de cisão da malha ferroviária. O trecho Campo Grande-Corumbá da ferrovia será devolvido à União, que pode, posteriormente, repassá-lo ao Estado mediante outorga ou concedê-lo em contrato de exploração para outra empresa privada comprometida com o projeto Trem do Pantanal.