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Goleada sofrida pelo Brasil ensina lições importantes na construção da carreira

Correio do Estado - 20 de julho de 2014 - 14:32

Foram quatro anos de expectativa, dinheiro (e muito) gasto, horas de treinamento, ansiedade, planos... e tudo isso para em “seis minutos de apagão” ver o sonho acabar. Um, dois, três... sete gols da Alemanha e o juiz apita: é fim do jogo e o placar é de derrota para os jogadores do Brasil. A narrativa é do pior desastre em campo de uma seleção brasileira na Copa do Mundo, mas, pensando bem, poderia ser o enredo do período da carreira profissional de qualquer um. Quem sabe os acontecimentos da Copa fizeram você se lembrar daqueles quatro anos de faculdade ou da pós-graduação, do emprego tão esperado ou do preparatório para o concurso que você ainda não passou.

Mas independentemente do final, o desempenho desastroso do time brasileiro na Copa pode servir para ensinar que, mesmo quando o tão esperado projeto acaba frustrado, a vida continua, e logo após o término da partida já é tempo de se preparar para o próximo torneio.

A derrota da seleção e os passos em campo dos jogadores mundiais deixam lições para o trabalho não só dos jovens craques, como Neymar, mas também para o futuro profissional em qualquer empresa.

Goleada
O especialista em orientação profissional, Maurício Sampaio, aponta outra lição que a jovem seleção deixa para a vida profissional: a diferença que a maturidade profissional pode fazer na hora de lidar com situações de nervosismo, como no jogo contra a Alemanha (os “seis minutos de apagão”). Dos 23 convocados por Felipão, 17 disputavam pela primeira vez o torneio. Dois dos principais craques, Neymar e Oscar, têm apenas 22 anos. Além disso, jogavam em casa, o que pode ser bom pelo incentivo da torcida, mas traz uma grande pressão por ter de vencer. “Alguns até podem alegar que a maioria dos atletas joga em grandes times no exterior, começou a carreira cedo, etc., mas não se pode confundir experiência com maturidade profissional”, diz.

As “goleadas” na vida profissional tendem a começar a surgir com os anos de profissão, com as quedas, recuperações e maturidade profissional.

Bola murcha
A bola está nos seus pés. Você está pronto para marcar o gol, mas chuta para fora. Apesar de ser difícil, a coach Bibianna Teodori, em matéria do site da Catho, acalma os ânimos e afirma que o insucesso é um processo natural, que faz parte do aprendizado para o crescimento profissional ou pessoal. “No entanto, é comum que algumas pessoas enfrentem dificuldades em superar situações de fracasso. Muitas chegam a ficar traumatizadas com o acúmulo de frustrações”, explica o especialista.

Postura
Diante de uma derrota ou perda, a postura adotada é o principal diferencial para superação, o que para algumas pessoas é algo muito complicado e pode ter origem na educação. O desespero pós eliminação do mundial ficou nítido no rosto de alguns jogadores, como do jovem James Rodríguez, da seleção da Colômbia, que no final do jogo contra o Brasil chorou e foi amparado pelo David Luiz. Ou do capitão do time brasileiro, Thiago Silva, que caiu aos prantos diante dos pênaltis contra o Chile, já temendo uma perda antes mesmo do resultado final.

“Essa falta de habilidade em lidar com perdas pode estar fundamentada em diversas causas”, comenta o especialista. E acrescenta: “Às vezes, a origem está em uma educação com muitas cobranças, que contribui para a formação de uma postura autocrítica e perfeccionista ao extremo”.

Bola para frente
Não deu certo, mas bola para frente. “Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé”, ensina a própria música escolhida como incentivo para a seleção desde o início da Copa – “Tá Escrito”, Grupo Revelação. O jogador David Luiz, apesar de ter assumido a braçadeira de capitão em apenas um jogo, mostrou o otimismo, incentivando os colegas, mesmo após as partidas com desempenho fraco.

Para isso, o primeiro passo é superar as perspectivas negativas e a posição de vítima da história. “Os desafios sempre existirão. O que se pode mudar é a maneira de encará-los. Portanto, não tenha pena de si mesmo, nem se permita ficar estagnado”, motiva.

Bibiana ensina que cada novo dia deve ser encarado como uma nova oportunidade. “Podemos filtrar os acontecimentos e transformar tudo. Motivar-se é fundamental para aprender a manter a energia elevada, e assim construir uma nova fórmula de sucesso”.

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