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GO: Recebida denúncia contra ex-presidente da Assembléia

TJ/GO - 07 de maio de 2007 - 16:43

O desembargador Ney Teles de Paula, da área criminal, recebeu na última sexta-feira (4) denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) contra o ex-presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Goiás, deputado Samuel Guilsimar Almeida, e mais quatro pessoas, por peculato e formação de quadrilha. Ao proferir despacho, Ney Teles determinou que cópia da denúncia seja encaminhada aos acusados para que sejam notificados oficialmente e apresentem resposta em 15 dias. O documento foi protocolado no dia 25 do mês passado no TJ-GO e encaminhado ao Órgão Especial, dada a condição de parlamentar, pela competência da prerrogativa de função (foro privilegiado). Além de Samuel, foram denunciados pelo Ministério Público (MP) os irmãos do deputado, o pastor Abgail Carlos de Almeida Filho e Loyde Vargas Vieira; seu sobrinho, Wendell Carlos de Souza Almeida, e Alcidiney Costa Rocha, motorista. Segundo a denúncia, os crimes que resultaram em desvio de dinheiro público foram praticados por meio da apropriação dos vencimentos de funcionários fantasmas nomeados para cargos comissionados no Legislativo estadual.

De acordo com os autos, Samuel Almeida nomeou em 2005, para o cargo comissionado de assessor especial, além do seu irmão Abgail, os servidores Sérgio de Jesus Rodrigues, Rachel do Carmo Silva, Jônatas de Sousa Reis, Cristina Lima de Moura Reis, Eline Lima de Queiroz, Evandro Ferreira Moraes, Delsina Atilia da Silva, José da Paixão Sousa e Silva, Marcelo Pereira Reis, Cleber de Paula Lopes e Jessé de Sousa Reis. Esses funcionários, conforme relata a denúncia, foram indicados por Abgail e seu filho, Wendell Carlos, que os captavam entre os freqüentadores da igreja da qual eram pastores ou no círculo de relações domésticas, sendo que esses servidores – em especial, seis deles – não prestaram qualquer serviço à Assembléia. No dia do recebimento dos vencimentos, conforme o MP, eram levados à instituição financeira pagadora por Alcidney, a quem repassavam os valores sacados. O motorista, por sua vez, entregava o dinheiro a Abgail e Wendell.

Em uma manifestação separada nos autos (cota introdutória), o MP explicou que a razão de não ter oferecido denúncia contra os servidores indiciados no inquérito por envolvimento no esquema se deve ao fato de que a participação dessas pessoas não foi devidamente comprovada. (Myrelle Motta)

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