Uma década se passou e o Palmeiras voltou para onde estava há dez anos: na Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Em meio a um ano de conquistas e decepções, o alviverde tropeçou nos mesmos erros do passado e foi punido por isso. Cabe agora, na Série B, se reestruturar e buscar novamente seu espaço no futebol brasileiro.

Contratado na reta final do Campeonato Brasileiro, o técnico Gilson Kleina apontou os motivos que fizeram o Palmeiras amargar o rebaixamento. “São fatos. Primeiro, o número de lesões, que passa pelo calendário, mas passa também por planejamento. Segundo, a perda dos mandos (de campo). Comigo aqui, a gente só fez um jogo em casa. Uma hora você joga a 300 km, outra a 600 km. Você abdica da logística natural para viajar, corta a recuperação do atleta. Isso atrapalha demais”, explica.

Kleina ainda enalteceu que não vai diminuir o ritmo de trabalho no clube. “Você trabalha, cria, mas não é fácil. O futebol chega a ser ingrato em alguns momentos. Nós estamos trabalhando em cima do que a gente pensa. Estamos fazendo um trabalho árduo. Problemas têm de ser resolvidos, mas isso é internamente. O futebol tem tudo isso. Vamos levantar a cabeça e trabalhar”, concluiu.

O segundo rebaixamento do Palmeiras foi com duas rodadas de antecedência. Restando dois jogos para o término da disputa, o alviverde paulista está na 18ª posição, com 34 pontos e não pode alcançar a Portuguesa, 16ª, com 41 pontos ganhos.