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Geral

Garçom condenado a 16 anos e 3 meses

TJ/GO - 09 de fevereiro de 2007 - 15:15

O garçom Daniel Tomé de Oliveira, de 27 anos, foi condenado na quarta-feira (07) pelo 1º Tribunal do Júri de Goiânia a 16 anos e 3 meses de reclusão, por homicídio e ocultação de cadáver da balconista Lucélia Pereira Gomes, cuja sessão foi presidida pela juíza Carmecy Rosa Maria de Oliveira. A pena será cumprida na Penitenciária Odenir Guimarães, antigo Cepaigo, em regime integralmente fechado.

A condenação de Daniel foi fixada após o somatório das penas dos dois crimes de sua responsabilidade. A juíza levou em consideração as condições financeiras do réu para permitir o pagamento de multa, fixada em 50 dias-multa, por ter ocorrido ocultação de cadáver.

Ao fazer a sustentação, o Ministério Público (MP) se bateu pela condenação do garçom, enquanto a defesa sustentou a tese de negativa de autoria. O Conselho de Sentença rejeitou a tese absolutória e acolheu as circunstâncias qualificadoras de motivo torpe, emprego de meio cruel, crime cometido com dissimulação (pois o acusado combinou de entregar dinheiro e um aparelho eletrônico), recurso que impossibilitou defesa da vítima, concluindo pela ocultação do cadáver da vítima. Os jurados excluíram a possibilidade de atenuar a pena.

Crime

Segundo a denúncia, o crime aconteceu em 25 de abril de 2005, por volta das 6 horas, em lote baldio, na Rua 237, no Setor Coimbra. O acusado, utilizando um pedaço de ferro, desferiu golpes contra Lucélia, matando-a e escondendo o corpo.

Lucélia veio com Daniel e sua companheira Raquel Ribeiro de Lima, de Goianira (GO) para Goiânia para trabalhar e moravam juntos em um barracão no Setor Gentil Meirelles. A vítima começou a trabalhar em uma lanchonete, na praça Benedito Silva Lobo, no Setor Coimbra, como balconista das 16 a 00 hora, ela pernoitava no local e voltava de manhã para casa. Depois Raquel conseguiu emprego de garçonete na lanchonete.

Tempo depois, Daniel separou-se de Raquel e voltou para Goianira. Ao saber que sua ex-companheira estava tendo encontros com outros homens, presumiu que Lucélia a estava ajudando e decidiu elimina-lá. Na madrugada antes do fato, Daniel estava em uma festa em Goianira e contratou um motoboy para vir a Goiânia. Em seguida, fretou mais dois motoboys para não deixar suspeita ao chegar às proximidades da lanchonete.

Por volta das 6 horas ele ligou no celular de Lucélia de um telefone público, combinando para lhe entregar 300 reais e um DVD, destinado a Raquel. Ela saiu da lanchonete e se encontrou com Daniel que a atraiu para um terreno baldio dizendo que o DVD estava em um saco de lixo. Nesse momento Daniel segurou a vítima com uma mão e com a outra, usando um pedaço de cano de ferro, golpeou-a cabeça fazendo-a cair no chão e depois deu outros golpes. Ele arrastou o corpo de Lucélia para dentro do mato e colocou entulhos em cima.

Para não deixar impressões digitais no cano Daniel usou as meias nas mãos, como luvas e se preocupou em desfazer dos objetos pessoais de Lucélia jogando-os em diferentes bueiros longe do local. O corpo da vítima foi encontrado cinco dias depois, em avançado estado de decomposição. Depois do crime, Daniel e Raquel voltaram a morar juntos e após ter sido encontrado o corpo, Raquel prestou depoimento e está desaparecida. Segundo Daniel, ela foi para Europa com outro homem. (Izabela Cunha)

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