Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Quarta, 24 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Gado do Paraguai para abate no Brasil prejudica MS

Famasul Notícias - 04 de julho de 2005 - 13:28

A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), não concorda com a abertura da fronteira para entrada de boi em pé e carne com osso do Paraguai, para abate no Estado. Apesar da questão sanitária estar sob controle, a preocupação é com o mercado e a renda do produtor sul matogrossense em especial os 15 municípios peripantaneiros, além de Sete Quedas que continua com restrições.



De acordo com o presidente Léo Brito, a Famasul solicita rotineiramente a redução do valor da pauta do boi para que possa sair para outros estados, tendo pequeno avanço. No mês de junho a Secretaria de Receita e Controle baixou a pauta fiscal de R$ 62,00 para R$ 56,80, índice que continua acima do valor de mercado. Enquanto isso, a classe ruralista enfrenta outra preocupação com as manifestações para abertura da fronteira do Paraguai para a entrada de boi gordo e carne com osso, que vêem ocorrendo a praticamente há um mês.



O presidente da Famasul, Léo Brito alerta os produtores e a sociedade brasileira que o momento comercial que o Mato Grosso do Sul enfrenta não permite a importação de produtos. “Se as autoridades brasileiras querem abrir os frigoríficos, a Famasul se compromete a abastecê-los com animais do Estado, criados em propriedades rurais brasileiras, independente de quem seja o proprietário. A defesa dos produtores brasileiros, que estão no território brasileiro será constante”. Brito lembra ainda que o custo de produção, os tributos e o cambio não dão condições do produtor rural competir com colegas de outros países.



O status sanitário do Mato Grosso do Sul foi conseguido através de parcerias dos órgãos oficias com os produtores rurais, onde os produtores sempre assumem alto percentual do custo e mantém permanente vigilância, apesar da queda de renda que a cada mês se torna mais acentuada. Caso a fronteira seja aberta e comece a entrar animais de outro país, onde o custo de produção é bem menor, possivelmente o investimento em sanidade poderá cair.



Em Mato Grosso do Sul nove frigoríficos estão fechados por questões econômicas ou por terem sido adquiridos por frigoríficos maiores. A diretoria da Famasul enfatiza que não é contra a abertura desses frigoríficos, desde que seja para abater animais de Mato Grosso do Sul. “Acreditamos que a construção de novos indústrias com auxílio dos governos federal, estadual e municipais são necessárias e ações do governo do Estado auxiliando a saída de animais para serem comercializados e abatidos em outros estados, também são bem-vindas”, disse Brito.



Assessoria de Comunicação

Eudete Petelinkar

Casa Rural (Famasul, Senar, Funar)

SIGA-NOS NO Google News