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Futura mamãe: você sabe quais exames fazer durante a gravidez?

*A Dra. Ana Lúcia Beltrame - 30 de maio de 2014 - 08:00

Futura mamãe: você sabe quais exames fazer durante a gravidez?

Futura mamãe: você sabe quais exames fazer durante a gravidez?

A gravidez é um momento sublime para a mulher. Imaginar que uma pessoa está sendo gerada dentro da sua barriga é uma mistura de sensações: desde a felicidade até a preocupação. Durante o pré-natal queremos ter certeza de que está tudo bem com o bebê, que não há problemas de má-formação, que ele nascerá saudável. Com os avanços tecnológicos é possível detectar cedo qualquer anormalidade, diminuindo a ansiedade da futura mamãe. O ideal é que os exames sejam feitos aos longo dos noves meses como triagem para detecção de qualquer problema. Você sabe quais exames devem ser feitos?

Um dos mais precisos e indicados é o ultrassom morfológico de primeiro trimestre que deve ser associado a dosagens de marcadores no sangue da gestante. Sua sensibilidade chega até 98% e é possível calcular o risco de síndromes fetais causadas por alterações cromossômicas. “É também importante fazer o teste para detecção de trissomias fetais pela coleta de sangue materno (harmony test). A coleta deve ser feita a partir da décima semana de gestação, podendo detectar Síndrome de Down, Síndrome de Patau, Síndrome de Edwards e alterações ligadas aos cromossomos X e Y, como Síndrome de Turner e de Kleinefelter”, explica Dra. Ana Lúcia Beltrame, especialista em Ginecologia, Obstetrícia e Reprodução Humana.

Quer fazer um rastreamento das alterações cromossômicas, da hipertensão precoce na gestação e saber o risco para trabalho de parto prematuro? O ideal é o USG Morfológico, que deve ser realizado duas vezes: entre 11 e 14 semanas e entre 20 e 24 semanas. Esse exame é importante, pois avalia detalhadamente toda a morfologia fetal, “identificando determinadas malformações e permite a programação de alguns tratamentos que podem mudar o futuro do bebê”, complementa Dra. Ana Lúcia Beltrame. Com o segundo teste há uma melhor avaliação de algumas estruturas que não puderam ser bem caracterizadas no primeiro morfológico. Há ainda o USG 3D que diagnostica algumas lesões que podem passar despercebidas, como pólipos e miomas no interior da cavidade uterina – também detectados pelo Histerossonografia –, fenda palatina e afastamento dos olhos (com a foto da face fetal em 3D).

Boa parte das futuras mamães também se preocupa com a pré-eclâmpsia, um aumento da pressão arterial durante a gravidez. As consequências da doença são restrição do crescimento do feto, descolamento prematuro da placenta e diminuição do líquido amniótico. “A identificação de pacientes com maior risco para pré-eclâmpsia permite que alguns cuidados sejam tomados para evitar sua forma grave e consequentes complicações”, diz a ginecologista. “O melhor é sempre fazer todos os exames solicitados pelo médico para saber se está tudo bem com o bebê. Com isso, é possível ter uma gravidez mais tranquila e saudável para a mamãe e para a criança em formação”, aconselha.

*A Dra. Ana Lúcia Beltrame é médica formada pela UNIFESP – Escola Paulista de Medicina, mestre em ciências e especialista em ginecologia e obstetrícia pela Faculdade de Medicina da USP.

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