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Funcionários e frequentadores lamentam o fechamento da boate carioca Help

Isabela Vieira, Agência Brasil - 07 de janeiro de 2010 - 16:57

Rio de Janeiro - Os frequentadores e funcionários da tradicional boate Help, em Copacabana, têm mais dois dias para se despedir da casa, que deve encerrar as atividades no sábado (9). Essa é a data limite estabelecida pelo governo estadual para que os proprietários entreguem as chaves. Ontem (6), um leilão vendeu parte dos bens da boate e arrecadou cerca de R$ 200 mil.

Muitos dos compradores estiveram hoje (7) no local para tentar levar os produtos, como fez o empresário Roberto Luiz Sixel, que comprou mesas e cadeiras. Os objetos, no entanto, só serão entregues a partir de sábado. “O tipo de material que estavam leiloando é o que eu uso na minha loja. E é uma lembrança daqui também”, disse.

No restaurante, que funciona normalmente do lado de fora da boate, ainda apareceram pessoas interessadas num possível leilão, que pode ser realizado com peças que sobraram dos 117 lotes postos à venda. As principais peças, no entanto, como dois mil discos de vinil, sofás, mesas redondas e jogos de luz já foram arrematadas.

Atendendo aos clientes habituais e os que chegam interessados no novo leilão, os garçons estão desolados. Muitos, na casa há mais de 20 anos, ainda não sabem o que fazer quando a boate fechar as portas de vez. “Em quanto a casa estiver aberta vamos estar aqui. Temos que trabalhar”, afirmou um deles que preferiu não se identificar.

O Sindicato dos Garçons e Barmens do Rio de Janeiro ainda procura uma solução. O presidente da entidade, Waltair Mendes, disse que tentará acionar a Justiça para que a Help funcione até o carnaval, mas admite que a solução mais viável é a negociação dos cerca de 200 empregos em outras empreendimentos do grupo dono da boate.

“Tentaremos com que os proprietários absorvam pelo menos parte desse pessoal na rede Windsor, que têm hotéis para serem inaugurados em vários pontos da cidade”, afirmou.

Duas garotas de programa que passaram no local para se despedir, nesta tarde, também reclamam do fechamento da boate. “É uma pena. Entre dezembro e fevereiro é a melhor época para a gente. Tem muita mulher que sustenta os filhos com isso aqui”, lamentou uma delas, que também preferiu não se identificar.

A secretaria de Cultura do Rio, responsável pela demolição da Help para a construção da nova sede do Museu da Imagem e do Som (MIS), informa que não há possibilidade de adiar o prazo de desocupação do imóvel e a demolição da boate começa na segunda-feira (11). Orçado em R$ 70 milhões, o museu começa a ser construído este ano ficará pronto em 2012.




Edição: Rivadavia Severo

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