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Funasa admite que mortalidade é maior entre índios

Inara Silva / Campo Grande News - 22 de junho de 2005 - 12:57

O assessor do Departamento de Saúde da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) Edgard Dias Magalhães disse hoje que a mortalidade infantil entre os povos indígenas caiu de 55,7 para cada mil nascidos vivos em 2002 para 47,4 para cada mil nascidos vivos em 2004. No entanto, o indicador ainda é bem maior do que a média nacional entre os não-indígenas, que é de 32 mortes para cada mil nascidos vivos.
As declarações foram apresentadas por Magalhães durante a audiência pública sobre a situação dos índios caiapós na Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, na Câmara Federal, em Brasília. "A mortalidade infantil é maior entre os índios porque eles realmente estão em situação inferior, mas nossa meta é chegar ao mesmo patamar da população não-indígena", afirmou Magalhães. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, neste ano pelo menos 20 crianças índias morreram nas aldeias do Estado. O fato ganhou repercussão internacional e investigação por parte do legislativo que culminou na demissão do ex-coordenador regional da Funasa no Estado, Gaspar Hickmann. Outra investigação tramita no TCU (Tribunal de Contas na União), em Brasília.
O assessor disse que, para melhorar o atendimento em saúde indígena, a Funasa está investindo na formação de agentes comunitários de saúde voltados a essa população, que hoje soma 5,4 mil funcionários de um total de 9,3 mil profissionais de saúde dedicados exclusivamente aos índios.

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