Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Quinta, 25 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Fumo passivo: cuidado com nossas crianças

INCA - 02 de setembro de 2010 - 11:11

O que mais tem assustado as pessoas em relação ao tabagismo, principalmente aqueles que não tem o vício, é saber que mesmo os não-fumantes estão expostos aos riscos causados pelas substâncias tóxicas presentes no tabaco. Adultos e crianças que convivem com fumantes em ambientes fechados, são chamados de \\\'fumantes passivos\\\', pois também inalam a fumaça como se estivessem fumando.

Muitos pais fumantes não têm ideia do risco que seus filhos correm quando fumam no mesmo ambiente que eles. Muitos desconhecem que o ar poluído contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono, e até cinquenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o tabagismo passivo é considerado hoje a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, subsequente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool.

Um estudo realizado por pesquisadores do Centro de Oncologia da Universidade de Minnesota-EUA, publicado na revista Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention em 2006, avaliou 144 crianças pequenas, filhas de pais fumantes (mães, pais ou ambos). A pesquisa detectou na urina de 47% das crianças, a presença de uma substância química com potencial de causar câncer, conhecida como NNAL (4- metilnitrosamina)-1-(3-piridil)-1-butanol). Essa substância é produzida no corpo humano a partir de uma outra substância contida no tabaco, a NNK (4-(metilnitrosamina)-1-(3-piridil)-1-butanona). As crianças com níveis detectáveis da substância cancerígena eram de famílias onde se fumavam em média 76 cigarros por semana na presença dos filhos. De acordo com os pesquisadores envolvidos, os dados obtidos apóiam a noção de que a exposição contínua ao fumo passivo pode estar relacionada ao câncer no futuro. Para eles a mensagem é simples: não se deve fumar perto das crianças.

A absorção da fumaça do cigarro por pessoas que convivem em ambientes fechados com fumantes causa:

- Em adultos não-fumantes = um risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem;

- Em crianças = maior frequência de resfriados e infecções do ouvido médio; risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exarcebação da asma; maior risco de câncer de pulmão na vida adulta;

- Em bebês = risco 5 vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil); maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.

Os fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos da poluição tabagística ambiental, tais como, irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias e aumento dos problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e angina (dor no peito).

SIGA-NOS NO Google News