Uma tentativa frustrada de fuga foi o que motivou a rebelião de presos no Centro de Triagem, localizado no complexo penal de Campo Grande, na saída para Três Lagoas. A informação é do presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso do Sul, Fernando Anunciação. Um agente é feito refém e os presos teriam duas armas cuja procedência ainda é desconhecida.

No local, segundo números repassados por Anunciação, há 170 presos e não 80 conforme informado preliminarmente. A capacidade, porém, é para 60 internos. Há 80 visitantes no local.

Os presos exigem a presença da imprensa, do Ministério Público e juiz da Vara de Execuções Penais, para garantir que não haja feridos ou mortos na ação policial. Já foi cortada a água no local e há um carro da Enersul que deve também suspender o fornecimento de energia.

Segundo Anunciação, um preso de Presidente Venceslau (SP), identificado como Augusto César Souza, 42 anos, e que seria integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital) teria planejado a fuga, pela porta da frente do presídio. Diante da frustração, seis presos pegaram o agente como refém e tentaram pegar os outros dois que estavam de plantão.

O preso chegou à Máxima no dia 8 de março de 2007, vindo da Polinter e no dia 30 de janeiro foi transferido para o Instituto Penal de Campo Grande, voltando para a Máxima no dia 11 de fevereiro. O detento está no Centro de Triagem desde 22 de fevereiro, conforme informações de sua ficha. Ele teria sido transferido da Máxima para o Centro de Triagem porque corria risco de morte.

A tropa de choque do Cigcoe entrou no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima para garantir a saída dos visitantes que estão no local com segurança. Na Máxima há 1,4 mil presos. As visitas do Instituto Penal de Campo Grande já saíram.