Sete frigoríficos podem voltar a exportar carne bovina industrializada para os Estados Unidos, informou o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa)do Ministério da Agricultura, Nelmon Oliveira da Costa. A suspensão havia sido decidida pelo ministério em maio passado, como medida preventiva para ajustes em alguns itens do acordo sanitário firmado entre os dois países.

O ministério decidiu liberar as exportações de carne bovina industrializada para os EUA por estes sete estabelecimentos depois de feitas as adequações no serviço de inspeção e nas operações dos frigoríficos. Além disso, três laboratórios brasileiros foram autorizados a realizar análises oficiais.

A medida é resultado da segunda visita ao país de técnicos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, em julho. Na primeira viagem, foram feitas auditorias em outras seis plantas, que já foram autorizadas a retomar as vendas. Nesta segunda fase de visitas, apenas um frigorífico, de Barretos (SP), não poderá vender carne industrializada para o mercado americano.

Em setembro (8 a 23), será realizada mais uma auditoria pelos Estados Unidos, com visitas a mais oito estabelecimentos. Ao todo, nas três visitas feitas ao Brasil serão inspecionados 22 frigoríficos. Dados do Ministério da Agricultura mostram que as vendas de carne de gado industrializada para os Estados Unidos renderam ao Brasil US$ 197 milhões em 2004.

Como medida preventiva, o ministério suspendeu as exportações para a União Européia do frigorífico Minerva, unidade de Barretos (SP). Outras duas plantas da empresa continuam exportando normalmente. A medida se justifica pelo não cumprimento das normas exigidas tanto pela missão americana quanto pelo Dipoa, mesmo a empresa tendo 30 dias para se adequar às especificações sanitárias. Além disso, o ministério também identificou irregularidades em relação às regras estabelecidas especificamente por países europeus.

Com informações do Ministério da Agricultura.