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Geral

Frigoríficos têm R$ 600 milhões em crédito de PIS/Cofins

Agência Brasil - 17 de março de 2009 - 17:25

Até 31 de dezembro do ano passado, o setor frigorífico acumulava créditos de cerca de R$ 600 milhões de PIS/Cofins, o que prejudica o capital de giro das empresas, informou hoje (17) a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). “Hoje há, provavlemente, um pouco mais”, alertou o presidente da Abiec, Roberto Gianetti. Segundo ele, a liberação desse dinheiro já ajudaria os frigoríficos a enfrentar a crise.


Para ele, o aumento no ritmo de investimentos e de produção dos frigóríficos acabou por deixá-los “vulneráveis” à crise. Gianetti lembrou que o financiamento por parte dos bancos, que antes era de 180 dias, passou a ser de 30 dias e que “o curto virou curtíssimo”.

Durante audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, ele avaliou que a atual situação de crédito tributário se tornou “um verdadeiro pesadelo” e que, caso não seja resolvido, vai reduzir ainda mais o coeficiente de exportação brasileiro e injetar mais carne no mercado interno.

“A exportação é hoje uma variável necessária, não é mais uma opção. O BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] está aberto a todos, não há distinção de pequena, média ou grande empresa.”

De acordo com a Abiec, um total de 21 emrpesas associadas possuem dívidas com bancos e pecuaristas, além de dívidas tributárias. Gianetti não soube precisar o valor do montante, mas garantiu ser superior a R$ 700 milhões.

Negativa - O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, admitiu hoje (17) que o governo precisa facilitar o crédito para as exportações no setor frigorífico. Durante audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, ele acrescentou que é preciso “agilizar” os créditos tributários.

Segundo ele, o governo não está preparando um pacote de socorro aos grande frigoríficos e disse apenas que o governo tenta se antecipar aos acontecimentos. “Temos procurado discutir com vários setores da cadeia de produção de carne e o que existe até o momento é isso”, garantiu.

Stephanes afirmou que quer conversar individualmente com representantes dos frigoríficos, uma vez que há, segundo ele, divergência de opiniões e questões pontuais em cada um dos casos. “A crise bateu em todas as empresas, não só nos frigoríficos. A dificuldade é penetrar em cada caso, o diagnóstico se torna muito difícil”, admitiu ele.

Para Stephanes, é preciso igualar a alíquota de impostos como PIS/Cofins concedido atualmente aos exportadores também para os que abastecem apenas o mercado interno brasileiro. O ministro admitiu que as empresas exportadoras acabam “levando vantagem” sobre as demais que não exportam e avaliou que a solução para o assunto deve sair “em breve”.

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